ÁGUAS DO MUNDO - criação teatral a partir do deslocamento para o palco do romance “Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres” de Clarice Lispector faz sua pré-estréia no SESC Santo Amaro, em Recife, no dia 02 de maio, às 19h.
PULSO – a partir da vida e da obra de Sylvia Plath, depois de temporadas em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, chega ao Recife para duas apresentações, no SESC Santo Amaro, nos dias 04 e 05 de maio, às 19h.
Ambos espetáculos, juntamente com o solo A DOR, formam a Trilogia Solos do VULCÃO, trabalhos dirigidos e interpretados por mulheres e que interagem com três grandes autoras do século XX – Clarice Lispector, Sylvia Plath e Marguerite Duras. Os espetáculos são resultado da pesquisa empreendida pelo VULCÃO acerca do deslocamento da LITERATURA para a CENA e questionamentos sobre os ESPAÇOS SOCIAS ocupados pelas MULHERES de ontem e hoje.
SOBRE O SOLO ÁGUAS DO MUNDO
ÁGUAS DO MUNDO é um projeto idealizado há mais de 10 anos pela atriz e diretora Vanessa Bruno, que se tornou o embrião de sua pesquisa de mestrado concluída em 2015 na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Em seu mestrado, Vanessa descreve procedimentos para o intérprete trazer a literatura de Lispector para a cena. Na ocasião de sua defesa, Vanessa apresentou demonstração prática para a construção de um fragmento a partir do capítulo central do livro “Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres” e a partir desta cena, nos últimos 2 anos, a atriz e diretora tem se dedicado na sala de ensaio a encontrar a dramaturgia, encenação e interpretação do deslocamento deste romance de Clarice para o palco.
Clarice é uma das autoras mais estudadas no meio acadêmico contemporâneo, nacional e internacional. 'Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres' teve recepção controversa e desde sua publicação, em 1969, divide opiniões. No romance, Lispector aborda o processo de aprendizagem e de autodescoberta de uma professora primária, Lóri. Para isso, a autora atualiza situações míticas para o contexto do Rio de Janeiro da segunda metade do século XX e se apropria do mito de Eros e Psiqué e, sobretudo, da Odisséia de Homero, a fim de escrever uma odisséia às avessas. Em sua narrativa é a mulher que empreende sua travessia a partir da procura de sua própria identidade, enquanto um homem, Ulisses, a espera.
O romance começa com uma vírgula e letra minúscula, faz uso do gerúndio e termina também com uma vírgula. É uma narrativa fluída e não terminada. Diferente de sua narrativa anterior - A Paixão segundo G.H., toda em primeira pessoa - em 'Uma aprendizagem' a construção poética se faz na terceira pessoa, onisciente, e se desloca com frequência como fluxo de pensamento das personagens, sobretudo da protagonista, e também para diálogos ora numa conversação direta, ora por telefonema. É uma narrativa em que uma consciência se abre para a outra consciência.
Essa poética polifônica é levada para a cena, a atriz absorve as várias vozes da narrativa e se divide em pelo menos três instâncias: em seu próprio eu, além de narradora e personagem. A montagem cria assim um tempo-espaço de ficção como emanação de um testemunho da atriz-cidadã de hoje que, através de fragmentos textuais, torna vivas as palavras de CLARICE e se utiliza da ficção para discutir a formação da mulher protagonista, sua iniciação, seus rituais de passagem e, a conquista da individualidade e igualdade no relacionamento com o outro.
A apresentação no Recife de ÁGUAS DO MUNDO será o lançamento da obra que completa a trilogia do solos do VULCÃO, composto também pelos espetáculos A DOR e PULSO.
SINOPSE: Águas do Mundo conta o encontro de uma mulher com sua aprendizagem do prazer de viver e de amar. A protagonista busca por desaprender a vergonha que sente por seu próprio corpo e a proibição do prazer. Durante sua aprendizagem, numa ocorrência trivial - banhar-se no mar - ela se descobre e se vê revelada numa realidade mais profunda.
SOBRE O SOLO PULSO
Sylvia Plath teve uma curta vida, entre os anos de 1930 e 1960. Embora tenha escrito bastante, em vida quase não encontrou espaços de divulgação de seus trabalhos, tornando-se sua obra conhecida principalmente depois de sua morte. Será que isso se deveu à sua condição de mulher? Será que nos dias de hoje as coisas são diferentes? Questões como essas permeiam a obra PULSO, solo dirigido por Vanessa Bruno, com a atriz Elisa Volpatto.
PULSO é uma criação teatral a partir da vida e obra do ícone da Poesia Confessional norte-americana, Sylvia Plath (1932-1963), construído das indagações da diretora à atriz, que respondeu cenicamente em uma criação dramatúrgica processual. Entres as referências para a criação dramatúrgica estão materiais como as biografias ‘A Mulher Calada’, de Janet Malcolm, e ‘Ísis Americana – A vida e a arte de Sylvia Plath’, de Carl Rollyson; ‘Os Diários de Sylvia Plath’, organizado por Karen V. Kukil; e também o mais importante livro de poemas de Sylvia, ‘Ariel’.
Inspirado na poética particular da autora, o solo explora ora fragmentos biográficos, ora as potências que a obra de Sylvia Plath desdobra para pensarmos não apenas sobre ela - uma escritora mulher nos anos 50 - mas sobre o papel ocupado pelas mulheres de nosso tempo. Está em foco uma mulher no desafio cotidiano de ser entregue ao exercício de sua arte ao mesmo tempo em que se vê dividida entre ser mãe, esposa, dona de casa e ter que administrar os fracassos nas recusas de publicação que recebia.
Enclausurada no ambiente doméstico onde muitas mulheres se situavam em sua época (e se situam até hoje), a personagem rememora momentos de seu passado, a paixão pelo marido (o também escritor Ted Hughes) ao mesmo tempo em que alimenta a fúria com relação à falta de reconhecimento de seu trabalho como poetisa. Uma figura que se debate frente ao status quo estabelecido por uma sociedade patriarcal e machista e que busca desesperadamente transformar a realidade em que se encontra. Tudo isso naquele que seria o seu último dia de vida. (Sylvia Plath cometeu suicídio em 1963, aos 30 anos, ligando o gás em sua cozinha).
A montagem não se pretende linear, mas, fragmentada, com lógica própria. PULSO é um trabalho intimista que quer provocar as questões do lugar social ocupado pelas mulheres a partir da vida e da obra de uma das maiores escritoras do século XX. O discurso criado pelas palavras de Plath, em tom muitas vezes irônico e mordaz, busca questionar o próprio papel da artista mulher atualmente.
"Sylvia Plath nos surge, de certo modo, como uma fera na jaula. Uma jaula que é seu próprio compromisso familiar de um lado e de outro, os compromissos que ela tem para com a literatura. É como se participássemos de um fluxo de consciência da personagem: não há narrativa propriamente dita, justamente porque as coisas vão acontecendo umas como desdobramento das outras, com as incessantes trocas de climas e de emoção por que passa a personagem.” - escreveu o crítico Antônio Hohleldt do Jornal do Comércio, durante temporada em Porto Alegre.
“O surrealismo tenso, a energia condensada e a ironia feroz é tomada por Elisa que dialoga com virtude a obra de Plath. PULSO é uma peça fragmentada e densa, que representa os dilemas da autora com euforia” – escreveu Alê Shcolnik para o site Rota Cult, durante a temporada no Teatro Poeira, no Rio de Janeiro.
SINOPSE: Inspirado na vida e na obra do ícone da poesia confessional norte-americana dos anos 50, Sylvia Plath, a peça escolhe como situação cênica o último dia de vida da poetisa para revelar, em tom confessional - característica determinante da literatura da autora - memórias e devaneios de alguns dos momentos de sua vida.
Além dos dois solos, o VULCÃO [criação e pesquisa cênica] traz ao Recife ATIVIDADES FORMATIVAS: três encontros com o público logo após os espetáculo, com a presença do diretor, autor e produtor Adriano Portela e as convidadas Taciana Oliveira, Camila de Matos e Renata Santana que farão um exercício de ampliação dos sentidos da obra experienciada, numa interlocução entre as propositores do VULCÃO e o público, atividade nomeada de [VULCÃO Conversa] e; um workshop que compartilha os procedimentos criativos utilizados na criação da trilogia solos do VULCÃO.
[VULCÃO Conversa]
02/05 logo após ÁGUAS DO MUNDO - Uma Odisseia às avessas - a mulher em libertação - com a cineasta Taciana Oliveira e o jornalista Adriano Portela
04/05 logo após PULSO - Muito além da Redoma de Vidro - Sylvia Plath e o contexto da representatividade feminina na literatura - com a mestre em literatura Camila de Matos e o jornalista Adriano Portela
05/05 logo após PULSO - Eu, mulher, poeta - de Sylvia até nós - com a poetisa Renata Santana e o jornalista Adriano Portela
Workshop Lispector-Plath em cena - Por meio de estímulos para sensibilização corporal relacionados ao conhecimento do corpo, abertura de repertório criativo e integração físico-imaginário-racional do ator, o workshop traz a vivência de procedimentos para o trabalho teatral com a obra das escritoras Clarice Lispector e Sylvia Plath. A atriz e diretora Vanessa Bruno e a preparadora corporal Livia Vilela irão compartilhar com os participantes procedimentos práticos desenvolvidos por elas durante suas respectivas pesquisas de mestrado (ECA-USP) e aplicados na construção das obras teatrais “Águas do Mundo” e “Pulso”. A atriz Elisa Volpatto conduzirá um trabalho complementar no sentido da apropriação do texto trabalhado junto das partituras corporais desenvolvidas pelos participantes.
Sobre o VULCÃO [criação e pesquisa cênica]
Surgido da união de artistas autônomos - Elisa Volpatto, Livia Vilela, Paulo Salvetti, Rita Grillo e Vanessa Bruno - com desejo comum de concretizar suas pesquisas artísticas e criações autorais, o VULCÃO deseja aproximar diferentes linguagens, unir dança ao teatro, literatura e vídeo e vê como motor catalisador – principal e determinante – o trabalho do intérprete. Os propositores do VULCÃO acreditam e estabelecem relação democrática entre si por princípio. Saúdam a singularidade de cada um e expõem seus projetos à interlocução sem imposição temática, estética ou hierárquica com o objetivo de colocar para fora o que lhes ferve por dentro.
O deslocamento da literatura para a cena tem sido sua maior fonte de investigação, além de PULSO e ÁGUAS DO MUNDO, compõem o repertório o espetáculo A DOR - a partir da obra de Marguerite Duras, que completa a trilogia de solos e o espetáculo para pais e filhos BRINCAR DE PENSAR – contos de Clarice Lispector no palco para pessoas grandes ou pequenas, todos dirigidos por Vanessa Bruno.
O VULCÃO também projeta um novo trabalho a partir da obra de Virginia Woolf: ORLANDX que busca aprofundar a pesquisa estética empreendida pelo coletivo até agora e verticalizar o debate público sobre os paradigmas sociais de gênero.
Sobre as artistas propositoras
Elisa Volpatto, que assina a proposição e interpretação de PULSO, é atriz gaúcha formada em Artes Cênicas pelo Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (DAD/UFRGS) e atualmente reside em São Paulo. Protagonizou a série "Mulher de Fases", da HBO, em 2011, e um ano antes recebeu o prêmio Kikito de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado pelo curta "Um Animal Menor". Em 2012, estudou Method Acting no The Lee Strasberg Theater and Film Institute, em Nova York. Atuou na Cia Club Noir, nas peças “Bruxas” e “Depressões”, dirigida por Juliana Galdino. Em 2014 interpretou a neta de Fernanda Montenegro na série "Doce de Mãe", da Rede Globo, dirigida por Jorge Furtado. Em 2018 estreou seu segundo trabalho na Globo, como a jornalista Mira da série "Assédio", dirigida por Amora Mautner, disponível no Globoplay.
Lívia Vilela preparadora corporal dos espetáculos da trilogia solos do VULCÃO. É mestranda na ECA-USP na linha de pesquisa da Pedagogia do Ator - Formação do Artista Teatral e pós-graduada no curso de Especialização na Técnica Klauss Vianna pela PUC-SP. Pesquisa, atualmente, a preparação corporal de atores por meio da Técnica Klauss Vianna com disparadores imagéticos advindos do Sistema Laban. Integra, além do VULCÃO [criação e pesquisa cênica], o OBARA-gpec que pesquisa a Técnica Klauss Vianna para o trabalho do ator
Vanessa Bruno, atriz e diretora, é mestre em Artes Cênicas pela USP e desde 2004 colabora no Centro de Pesquisa Teatral - CPT dirigido por Antunes Filho, tendo trabalhado como atriz em (2008) “Prét-à-Porter 9” (Prêmio Shell - categoria especial) e (2006) “Pedra do Reino” (prêmios Bravo!Prime, APCA e Contigo!). Atualmente atua na condução das aulas no curso no CPTzinho. Dirigiu em teatro adulto “O Ovo e A Galinha” de Clarice Lispector (2010) e o infanto-juvenil “Brincar de Pensar - contos de Clarice Lispector no palco para pessoas grandes ou pequenas”, presente na lista dos melhores espetáculos para infância e juventude de 2014. A pesquisa dos espetáculos com literatura de Clarice Lispector resultou em seu trabalho de mestrado. A pesquisa ampliou-se para processos com outras autoras, como Sylvia Plath (PULSO) e Marguerite Duras (A DOR), solos do VULCÃO [criação e pesquisa cênica].
SERVIÇO
ÁGUAS DO MUNDO – a partir da obra de Clarice Lispector
Apresentação: dia 02 de maio
Local: SESC Santo Amaro – Teatro Marco Camarotti - Rua Treze de Maio, 455 - Santo Amaro - Recife - PE
Horário: quinta-feira, às 19h
Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia)
Telefone: (81) 32161713 / 1714 / 17/15
Bilheteria:
Duração: 50 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Capacidade:
Vendas antecipadas:
PULSO – a partir da vida e da obra de Sylvia Plath
Apresentações: dias 04 e 05 de maio
Local: SESC Santo Amaro – Teatro Marco Camarotti - Rua Treze de Maio, 455 - Santo Amaro - Recife - PE
Horário: sábado e domingo, às 19h
Ingresso: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia)
Telefone: (81) 32161713 / 1714 / 17/15
Bilheteria:
Duração: 50 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Capacidade:
Vendas antecipadas:
Workshop Lispector-Plath em cena
O workshop “Lispector-Plath em cena” pretende proporcionar uma experiência com os procedimentos criativos utilizados na criação da trilogia solos do VULCÃO [criação e pesquisa cênica]. Por meio de estímulos para sensibilização corporal relacionados ao conhecimento do corpo, abertura de repertório criativo e integração físico-imaginário-racional do ator, o workshop traz a vivência de procedimentos para o trabalho teatral com a obra das escritoras Clarice Lispector e Sylvia Plath. A atriz e diretora Vanessa Bruno e a preparadora corporal Livia Vilela irão compartilhar com os participantes procedimentos práticos desenvolvidos por elas durante suas respectivas pesquisas de mestrado (ECA-USP) e aplicados na construção das obras teatrais “Águas do Mundo” e “Pulso”, apresentadas no SESC Santo Amaro em Recife (maio/2019). A atriz Elisa Volpatto (protagonista de "Pulso") conduzirá um trabalho complementar no sentido da apropriação do texto trabalhado junto das partituras corporais desenvolvidas pelos participantes.
Ministrantes:
Vanessa Bruno, diretora das peças "Águas do Mundo" e "Pulso", é mestre em Artes Cênicas pela ECA-USP e desde 2004 colabora no Centro de Pesquisa Teatral – CPT, dirigido por Antunes Filho, onde trabalhou como atriz em "A Pedra do Reino" e "Prét-à-porter 9", e atualmente atua na condução das aulas no curso para atores do CPTzinho. A artista desde 2010 vem pesquisando procedimentos de deslocamento da literatura para a cena, inicialmente a partir da obra de Clarice Lispector, o que resultou em seu trabalho de mestrado “Clarice Através do Ator.” A partir desta investigação, realizou o workshop “Experimento Literatura na Cena” na Universidade da Costa Ricca em 2015, juntamente com palestras no México, na Universidade Autônoma da Cidade do México (UNAM).
Livia Vilela, preparadora corporal dos espetáculos da trilogia solos do VULCÃO. É mestranda na ECA-USP na linha de pesquisa da Pedagogia do Ator - Formação do Artista Teatral e pós-graduada no curso de Especialização na Técnica Klauss Vianna pela PUC-SP. Pesquisa, atualmente, a preparação corporal de atores por meio da Técnica Klauss Vianna com disparadores imagéticos advindos do Sistema Laban. Integra, além do VULCÃO [criação e pesquisa cênica], o OBARA-gpec que pesquisa a Técnica Klauss Vianna para o trabalho do ator.
Elisa Volpatto, atriz do espetáculo “Pulso”, é formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em São Paulo foi dirigida por Juliana Galdino em dois espetáculos dentro do Club Noir – “Depressões” e “Bruxas”. Em 2012 participou do “Winter Intensive Course”, no The Lee Strasberg Theater and Film Institute, em Nova York. Atuou em diversos curtas metragens e séries de TV a cabo. Na Rede Globo interpretou a neta de Fernanda Montenegro na série “Doce de Mãe”, dirigida por Jorge Furtado. Trabalhou também em “Assédio”, série dirigida por Amora Mautner, que vai ao ar na TV em maio deste ano. Junto com os integrantes do VULCÃO [criação e pesquisa cênica] desenvolve pesquisa acerca do deslocamento da literatura para o palco.
Público-alvo: atores, dançarinos, diretores, estudantes de teatro e dança.
Inscrição: através de envio de mini- currículo e carta de interesse (até 15 linhas) para o email vulcao.art@gmail.com até 29 de abril.
Dias e horários: Dias 4 e 5 de maio (sábado e domingo) das 10h às 13h.
Local: Rua Oiticica Lins, 134, Areias.
Investimento: 200,00 (duzentos reais por pessoa)
O workshop oferecido acontece em paralelo à programação VULCÃO no Recife que apresentará os espetáculos "Águas do Mundo - a partir da obra de Clarice Lispector" dia 02 de maio (19h) e "Pulso - a partir da vida e da obra de Sylvia Plath" dias 04 e 05 de maio (19h) no Sesc Recife.