O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir, afirmou que a votação da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ficará para a próxima terça-feira, 23. "Está batido o martelo", confirmou.
Segundo ele, o governo está sensível em acatar mudanças em relatório da Proposta de Emenda à Constituição, mas afirmou que a capitalização e a idade mínima continuarão no parecer do texto.
Ele minimizou ainda o fato da proposta não ser votada ainda nesta semana. "Aqui não tem derrota (para o governo). Tem diálogo", afirmou.
Madrugaram - Nesta quarta, parlamentares contrários à proposta do governo madrugaram na porta da CCJ. A deputada Erika Kokay (PT-DF) chegou às 4h40 para ocupar uma cadeira na porta da comissão, que abre às 9 horas para entrada dos integrantes. Já Júlio Delgado (PSB-MG) está no local desde as 6h20. Os deputados trouxeram nas mãos requerimentos para tentar arrastar os trabalhos.
A oposição tentará apresentar, logo no início da sessão, agendada para as 10 horas, pedidos de retirada de pauta e questionamentos sobre a inversão da ordem dos trabalhos prevista no regimento interno da Câmara.
Para que a votação seja iniciada, é necessário um quórum de 37 integrantes. A dúvida é se haverá essa quantidade de presenças, sendo que alguns deputados já voltarão nesta quarta a seus redutos eleitorais para passar o feriado de Páscoa.
Além disso, como o Estadão/Broadcast mostrou ontem,deputados contrários à proposta querem retirar da reforma, já na CCJ, pontos polêmicos como o fim do pagamento da multa do FGTS e a restrição ao abono salarial, além do sistema de capitalização.
Na terça-feira, 16, líderes do governo insistiram na intenção de votar a retorma na CCJ antes do feriado. Integrantes do Centrão, no entanto, colocavam dúvidas sobre o sucesso da estratégia.
Estadão (SP)