terça-feira, 26 de março de 2019

UFPE arrecada doações para Moçambique




O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFPE está arrecadando, até o dia 1º de abril, doações para as vítimas do ciclone Idai, que atingiu os países de Moçambique, Zimbábue e, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atingiu mais de 1,5 milhão de pessoas. As doações devem ser entregues no Neab, que fica localizado no Centro de Educação, ou na portaria do próprio centro – basta indicar que são doações destinadas ao Neab. Estão sendo arrecadados calçados e roupas, material escolar (caderno, lápis, borracha, giz de cera, entre outros), material de higiene pessoal e também material de limpeza.

Cólera - Pouco mais de 10 dias depois de o Ciclone Idai passar por Moçambique, o país está sob alerta do cólera. Segundo as autoridades estrangeiras, há vários registros de mortes em decorrência da doença nos centros de acolhimentos. Na região da cidade de Beira, a mais atingida pelo desastre, há 228 mil pessoas abrigadas em ambientes sem condições de higiene. A Cruz Vermelha Internacional advertiu que Moçambique enfrenta momento delicado e cercado de ameaças. A comida é escassa.

O cólera, o tifo e a malária são doenças transmitidas através da ingestão de água ou alimentos contaminados e alastram-se em ambientes de pouca higiene.Pelos últimos dados, morreram 446 pessoas em Moçambique. Para as agências humanitárias, o desastre em Moçambique tem semelhanças com as tragédias humanitárias do Iêmen e da Síria.

Prevenção - A Cruz Vermelha informou que adotou uma série de medidas para impedir os surtos no país, inclusive com a instalação de dois hospitais de campo de emergência seguirão. Os hospitais podem fornecer serviços médicos, cirurgias de emergência, bem como internação e atendimento ambulatorial para pelo menos 30 mil pessoas.

Um vôo de carga deve desembarcar, nos próximos dias, em Moçambique com voluntários e água tratada para atender 15 mil pessoas por dia. Fundos de emergência devem fornecer assistência para cerca de 200 mil pessoas, enviando água, saneamento e higiene, abrigo, saúde, meios de subsistência e serviços de proteção nos próximos 24 meses.

O ciclone Idai afetou mais de 1,85 milhão de pessoas em Moçambique, de acordo com as Nações Unidas. A estimativa é que 483 mil pessoas tenham sido deslocadas pelas inundações, que destruíram e submergiram uma área de mais de 3mil quilômetros quadrados.

Com informações da Imprensa UFPE, Agência Brasil, Cruz Vermelha Internacional e da RTP, emissora pública de televisão de Portugal.