A Comissão de Planejamento Urbano e Obras da Câmara Municipal do Recife realiza hoje (23) uma visita técnica ao Capibaribe para avaliar a realidade das margens e trajetos possíveis. Tudo isso para viabilizar no que for possível o transporte fluvial.
A "avenida líquida" do Rio Capibaribe, que possui cerca de 280 km de extensão, sendo 16 km só no Recife, é posta como alternativa para mobilidade do Recife desde a década de 1980, quando os primeiros projetos de navegabilidade foram apresentados. A princípio, o rio era visto como potência apenas turística.
Hoje, a concepção sobre o uso do Capibaribe inclui essa e outras possibilidades, como a do transporte coletivo fluvial voltado para o deslocamento dos recifenses. A partir da navegabilidade seria possível se locomover entre alguns bairros de Recife sem encarar o trânsito das principais vias. O que significa, na prática, que há um potencial efetivo para aliviar problemas de mobilidade.
Atualmente, a capital pernambucana conta com um projeto de navegabilidade que aguarda conclusão. Projetado para ter extensão de 13,9 km, o projeto Rios da Gente, se concluído, teria capacidade para transportar 300 mil passageiros por mês a partir de ramais que atenderiam ao eixo norte e ao oeste da cidade. Em relações proporcionais, toda a extensão do Rio somente na capital não representa 10 vezes o tamanho da Avenida Conde da Boa Vista, duas avenidas e meia da Agamenon Magalhães e quase três vezes o tamanho da Caxangá.
Pontes - Outro ponto que esbarra com o desenvolvimento do transporte fluvial no Recife é a condição das pontes da cidade. Além da construção de estações, seria necessário realizar serviços de manutenção das infraestruturas. As bases das pontes do Derby, na área central do Recife e da Torre, na zona norte, estão entre as deterioradas. A visita técnica da Comissão de Planejamento Urbano e Obras também pretende avaliar essas questões. A comissão é presidida pelo vereador Rodrigo Coutinho (SD - PE)