É de comum conhecimento que a prática regular de exercício físico é fundamental para cuidar da saúde, mas a falta dele pode ser pior do que se imagina. Em um estudo recente divulgado pelo jornal JAMA Network Open foi mostrado que o sedentarismo pode ser mais prejudicial até mesmo que o tabagismo, comportamento constantemente falado. A pesquisa foi feita com pouco mais de 120 mil pessoas, por pesquisadores da Fundação Clínica de Cleveland, nos Estados Unidos.
Os participantes, homens e mulheres, passaram por uma avaliação de desempenho físico na esteira e por testes de stress, levando em consideração pontos como peso, altura, idade, sexo e o índice de massa corporal (IMC). As aptidões cardiorrespiratória e aeróbica foram analisadas, mostrando que são diretamente proporcionais a sobrevida do indivíduo. Segundo Wael Jaber, principal autor do estudo, “Não ter aptidão física deve ser considerado como um fator de risco para mortalidade da mesma forma que doenças como hipertensão, diabetes e tabagismo, se não for mais forte do que todas elas”.
“Esse tipo de estudo é importante para mostrar não apenas o que uma doença pode causar ao corpo, mas como a atividade física é um dos melhores tipos de prevenção para diversas enfermidades”, comenta Fabio Santana, professor da Cia Athletica. Os dados ainda mostraram que pessoas sedentárias apresentam um risco 500% maior de morte prematura. Já pessoas que ficam sentadas por muito tempo, apresentam um risco três vezes maior do que o de fumantes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,4 bilhão de pessoas são sedentárias em todo o mundo. “Números como esses podem assustar, mas a campanha para mostrar os benefícios da atividade física deve acontecer durante todo o ano. Basta procurar atividade que a pessoa mais se identifica e o exercício não terá o peso de ser obrigação”, conclui Fabio.