quinta-feira, 9 de agosto de 2018

AL: Ministério Púbico denuncia acusados de desaparecimento de grávida há seis anos

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) ofereceu denúncia contra Karlo Bruno Pereira Tavares, 24, e Mary Jane Araújo Santos, 51, por envolvimento no homicídio da jovem grávida Roberta Dias (foto), que desapareceu em 2012. O corpo dela nunca foi encontrado.

O G1 teve acesso à denúncia nesta quarta-feira (8). Ela foi assinada na terça (7) pelo promotor Sitael Jones Lemos, da 6ª Promotoria de Justiça de Penedo, que usa como base o inquérito policial concluído no último mês de junho, seis anos após o crime.

Segundo o MP, a denúncia foi encaminhada para a 4ª Vara Criminal da Comarca de Penedo.

Mary Jane, 51, é mãe de Saullo de Thasso, ex-namorado de Roberta Dias e pai do filho que ela esperava. Ela e Karlo Bruno foram acusados de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado por terceiro.

Saullo só é citado na denúncia quando o MP fala sobre o crime. Ele não é processado nesta ação penal.

Na denúncia, Lemos afirma que Karlo Bruno e Saullo participaram da morte da gestante com a intenção de provocar aborto do feto, à época com três meses.

Para isso, sequestraram Roberta, a levaram até um local deserto, onde foi asfixiada com com um fio de som de carro. Depois, abandonaram o corpo em cova ainda não localizada.

Já Mary Jane, teria sido “a mentora e financiadora da empreitada criminosa” e que durante o crime ela ligou três vezes para o filho “evidenciando a orquestração da trama promovida pela denunciada”. Em 2013, ela ficou presa por 60 dias, mas foi liberada após o fim da prisão temporária.

Além disso o promotor alega que a jovem recebeu mensagens de celular para se encontrar Saullo para falar da gravidez, foi convencida a entrar no carro e depois teria sido assassinada, embora o corpo nunca tenha sido encontrado.

Em maio deste ano, o G1 teve acesso a um laudo pericial produzido pela Polícia Federal de uma conversa gravada em áudio em quem um homem admite que ajudou o pai do filho de Roberta a assassiná-la. De acordo com o laudo, a confissão seria de Karlo Bruno.

Na conversa, Bruno conta que ajudou Saulo a matá-la porque ela esperava um filho dele. Segundo ele, Saullo não queria a criança e temia a reação do pai quando soubesse da gravidez.

Portal G1