segunda-feira, 9 de julho de 2018

Escolas particulares renegociam dívidas

A economia brasileira tem dado pequenos sinais de melhoras, porém, a inadimplência ainda está muito alta, o que tem comprometido diretamente a renda das famílias brasileiras, e um dos setores mais afetados pela inadimplência é a área educacional, como as escolas particulares e instituições de ensino superior privadas. 

A crise que tirou o emprego de milhões de brasileiros nos últimos anos impediu muitos pais de manter as mensalidades escolares em dia. Agora, são as escolas que estão se mexendo para não perder mais alunos, porque não está fácil pagar a escola.

E as instituições de ensino tem buscado alternativas para driblar a inadimplência e manter a saúde financeira, bem como os serviços prestados aos estudantes. E uma alternativa que tem sido adotada pelos gestores é a realização dos mutirões de renegociação de dívidas com os pais e responsáveis. 

De acordo com o advogado especialista em direito educacional, Luiz Tôrres Neto, essa tem sido a melhor maneira de combater o superendividamento dos pais e responsáveis. “Os gestores têm realizado esse mutirões, porque são formas de entender a situações dos responsáveis pelos estudantes e buscar uma alternativa para sanar a dívida que esteja em aberta. A equipe jurídica atua oferecendo as condições para que o responsável ache a melhor alternativa para ter o seu nome limpo”, destaca.

E a manutenção dos cadastros dos estudantes é importantíssimo para assegurar as instituições de ensino o contato com os responsáveis inadimplentes, evitando assim que danos maiores sejam registrados para as escolas, já que alguns pais e responsáveis podem não atualizar os cadastros com as informações como endereço e telefone para contato.

“Essa é uma das nossas orientações mais primordiais, que os gestores mantenham sempre o cadastro dos alunos, bem como dos seus responsáveis, sempre atualizados. Essa é uma forma de garantir que aquele responsável inadimplente possa ser encontrado para que haja uma negociação, evitando uma prática de má fé que traga danos financeiros para as instituições”, acrescenta Luiz.

E para evitar danos e perdas financeiras, a recomendação é que as instituições de ensino particulares façam uma atualização cadastral a cada seis meses.