A imagem ao lado é ilustrativa e explica do que se trata a Lei 10639/03: trata-se da legislação que obriga as escolas públicas do País a ministrarem aulas sobre História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. De acordo com a lei, a proposta é de dar novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.
Pois bem, vamos falar das duas educadoras que, de acordo com a denúncia que chegou à nossa redação, estavam exatamente cumprindo esta lei. No entanto, por estarem ministrando aulas e projetos pedagógicos sobre a Cultura Africana e Afro-Brasileira, ambas acabaram sendo transferidas. Isso ocorreu na última sexta-feira (06/07), na Escola de Referência em Enino Médio Benedito Cunha Melo, no bairro de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.
Segundo a denúncia, os alunos estão revoltados, pois as duas professoras tinham "profissionalismo impecável", além de terem levado para a escola 14 projetos para os jovens estudantes, que não tinham atividades extracurriculares, reacendendo-lhes a esperança, não apenas deles mesmos, mas da comunidade inteira. De acordo com a denúncia, as duas educadoras foram devolvidas para a GRE (Gerência Regional de Educação) sem quaisquer explicações. Após o texto, segue o print de um dos alunos, que fez a denúncia em seu Facebook.
Com a palavra, a Secretaria de Educação.