A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (1) que Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da companhia. O executivo estava à frente da petroleira e maior estatal brasileira há exatos 2 anos.
"A nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração", informou a estatal em comunicado.
O pedido de demissão acontece em meio aos desgastes e pressões sofridos por Parente durante a greve dos petroleiros em razão das críticas à política de preços de combustíveis adotadas pela Petrobras na sua gestão. Desde julho do ano passado, o preço da gasolina e do diesel comercializado nas refinarias dispararam mais de 50% e foi um dos pontos mais criticados pela greve dos caminhoneiros e dos petroleiros.
Pela manhã, Parente se reuniu com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, em Brasília.
"Minha permanência na presidencia da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente. Sempre procurei demonstrar, em minha trajetória na vida pública que, acima de tudo, meu compromisso é com o bem público. Não tenho qualquer apego a cargos ou posições e não serei um empecilho para que essas alternativas sejam discutidas", disse o executivo na carta de demissão.
Petroleiros - Em vídeo publicado no perfil da FUP no Facebook (veja vídeo abaixo), José Maria Rangel, coordenador geral da organização, atribui a saída de Parente à paralisação da classe e diz que executivo vai entrar pra história como gestor que deixou brasileiros "sem gasolina, sem energia elétrica, sem mantimentos".
"O bem sempre vence o mal. As manifestações dos caminhoneiros, dos verdadeiros caminhoneiros, e dos petroleiros conseguiu desnudar a fama de bom gestor do Pedro Parente. Ele foi causador do segundo apagão no nosso país que prejudicou imensamente a população brasileira", diz Rangel no vídeo.
"Pedro Parente, você vai entrar pra história como um péssimo gestor. Aquele que fez os brasileiros ficarem sem gasolina, sem energia elétrica, sem mantimentos. Você não merece nem passar mais na porta da Petrobras. (...) E mais, você, junto com o Tribunal Superior do trabalho, tentou criminalizar os movimentos sociais. Mais uma mancha pro seu já tão vasto currículo de atrocidades".
Pedro Parente estava à frente da petroleira e maior estatal brasileira há exatos 2 anos. Sob o comando de Parente, a Petrobras voltou a operar no azul após 4 anos no vermelho. No 1º trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 6,961 bilhões, o melhor resultado dos últimos 5 anos. Já a dívida líquida da Petrobras encerrou o 1º trimestre em R$ 270,7 bilhões, após ter chegado a R$ 391 bilhões no final de 20105.
No entanto, seu pedido de demissão acontece em meio aos desgastes e pressões sofridos por Parente durante a greve dos petroleiros em razão das críticas à política de preços de combustíveis adotadas pela Petrobras na sua gestão. Desde julho do ano passado, o preço da gasolina e do diesel comercializado nas refinarias dispararam mais de 50% e foi um dos pontos mais criticados pela greve dos caminhoneiros e dos petroleiros.
Portal G1