A boa e tradicional hora do conto está ganhando o reforço de pais de alunos da Escola Municipal Claudino Leal, em Cidade Tabajara, Olinda. A dona de casa Tárcia Lúcia Lima dos Santos, 32 anos, é uma das pessoas que abraçaram o projeto “Contando História”. Duas vezes por semana dedica parte do tempo à leitura de publicações capazes de aguçar a imaginação e estimular o hábito de leitura da garotada.
Sentadas diante da contadora de história, Ana Beatriz Santos, Isaías Anderson Pereira, ambos de 6 anos, e outras 15 crianças mantêm a máxima atenção. Na voz de Tárcia Lúcia é narrada a fábula da Muidinha, de Jessier Quirino. Ao final de cada contação as crianças relatam suas impressões.
Tárcia tem dois filhos matriculados na unidade de ensino, e para ficar mais próxima deles tornou-se voluntária do projeto. “Matriculei minhas crianças aqui e nunca havia imaginado desenvolver um trabalho voluntário na área da educação. Mas quando eu entro na biblioteca da escola, tudo flui, eu ganho mais do que dou. Também é uma forma de estar vendo como minhas crianças estão se comportando”, declara.
O pequeno Isaías Pereira, 6 anos, aprova todos os ganhos da ação voluntária da mãe dos seus amiguinhos. “Depois que a tia me conta a história, tenho mais vontade de ler e escrever”, revela o menino.
Na sociedade tão tecnológica em que vivemos, grande parte das experiências oferecidas às crianças já vem "pronta", e elas acabam desfrutando muito pouco de atividades que exijam iniciativas físicas e cognitivas. "A história mexe com a criança e o adolescente, fomenta a imaginação, trabalha com as emoções. Os ganhos são imensuráveis. Eles se tornarão adultos com mais possibilidades de compreender o mundo e a si mesmos”, explica a gestora da Escola Claudino Leal, Patrícia Coruzo.
Imprensa Olinda