Os metroviários resolveram entrar em greve por tempo indeterminado, na noite dessa segunda (28), porque querem aumento salarial.
“Não tivemos reajuste desde o ano passado. E eles querem nos pagar um valor abaixo da inflação e sem o retroativo, já que vamos receber com mais de 12 meses de atraso”, afirma o presidente do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Romeu José Machado Neto.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) se nega a pagar o retroativo desde maio de 2017 e propõe aumentar 80% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, o equivalente de 3,26%. Para 2018, a CBTU pretende arcar com uma alta de 50% da inflação (3,26%).
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sugeriu aos metroviários manter o funcionamento dos metrôs no período compreendido entre 16h30 e 20h para garantir o retorno dos trabalhadores para a casa, mas o pedido foi negado pela categoria.
Os manifestantes vão se reunir no começo desta tarde para definir os próximos passos da greve e a CBTU ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Alternativa
Com a escala mínima do metrô, pelo menos 100 mil passageiros vão deixar de ser transportados, conforme estimativa do Sindimetro-MG. Todos os dias, são 210 mil usuários.
Essa situação de paralisação forçou uma mudança de estratégia na gestão dos transportes coletivos, já que os ônibus circularão normalmente, segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
O esperado é que a demanda seja a habitual de dia útil, ou seja, de 1,4 milhão de pessoas. Questionada sobre a falta de combustível, o órgão destaca que o sistema tem a quantidade suficiente para garantir a operação dos veículos.
Nessa segunda, os ônibus circularam normalmente apenas nos horários de pico. Nos outros horários, houve redução de 50% no número de viagens.
Hoje em Dia (MG)