Um novo estudo concluiu que nosso nariz costuma parecer 30% maior em autorretratos, trazendo a tona um problema delicado em tempos de alta conexão. De acordo com levantamento publicado em março no periódico JAMA Facial Plastic Surgery, a “distorção de perspectiva-o efeito selfie” é um fato novo com o qual diversos médicos estão tendo que lidar. O problema é proveniente das novas tecnologias, mais especificamente com o uso constante das câmeras dos smartphones, uma vez que boa parte dos aparelhos conta com lentes grande-angulares. Com capacidade de tirar fotos aproximadas, as câmeras desses aparelhos de celular fazem com que os objetos fiquem maiores do que são na realidade, como o nariz. Quando distante, o nariz parece menor. Por isso, se você acha que seu nariz sai muito grande em selfies, a questão pode ser a aproximação e, sendo assim, é melhor pensar bem, antes de considerar qualquer tipo de cirurgia. Afinal, o problema pode ser o celular e não o seu rosto, destaca o médico Gustavo Motta (foto), otorrinolaringologista e especialista em Cirurgia Nasal e Rinoplastia.
E não é a toa que diversos pacientes aproveitam uma consulta para questões como o desvio de septo nasal, por exemplo, para buscar informação, solução ou esclarecer dúvidas sobre a Rinoplastia, procedimento na qual o Brasil já ocupa uma posição de liderança mundial. Conhecida como cirurgia do nariz, ou seja, realizada na estrutura nasal, é indicada em casos de fraturas de face, traumas nasais ou alterações de respiração. Além de auxiliar na melhoria da respiração, ela também é utilizada com sucesso na valorização estética. Grandes celebridades lançaram mão do procedimento para solucionar questões pendentes como a atriz Jennifer Anderson, a personagem Rachel do inesquecível seriado “Friends”, que possuía um nariz bem mais largo na adolescência, que foi afilado através desse tipo de cirurgia. “Este procedimento tem sido um dos mais procurados pelas mulheres, porém os homens também estão aderindo a esta técnica, que já ocupa a 3ª posição do ranking das mais procuradas por eles”, comenta.
Desta forma, a Rinoplastia tem servido para correção tanto de deformidades traumáticas ou naturais como ainda para corrigir disfunções. No entanto, para que a pessoa seja suscetível para a operação, ela precisa ter realizado todo o desenvolvimento facial, que ocorre em torno dos 15 ou 16 anos. Ainda assim, será avaliada junto ao cirurgião a real necessidade de uma intervenção cirúrgica no seu nariz, já que para cada biótipo é indicado um modelo de nariz. “As queixas dos pacientes se fundamentam nas estruturas do nariz, como cartilagens e ossos, capazes de provocar distorções na ponta e dorso do nariz o que os incomodam profundamente”, diz Motta.
Feita sob anestesia geral ou local com sedação, a cirurgia dura em torno de 4 horas e reduz a cartilagem da ponta nasal em sua largura e afina a cobertura de pele no local. Os enxertos de cartilagem podem ser utilizados, em alguns pacientes, para projetar ainda mais a ponta nasal, deixando o nariz bem afilado. “Os pacientes que me procuram com essa queixa têm um aumento das cartilagens e da espessura da pele da ponta do nariz o que os incomoda profundamente. E a cirurgia possibilita realizar um procedimento satisfatório naquela pessoa cujo nariz incomoda ou que acha que ele poderia ser mais bonito e combinar mais com seu rosto. E isso é recompensador, para nós médicos, ver a recuperação da autoestima do paciente após um procedimento como este”, enfatiza o Dr. Gustavo Motta.