O presidente de Uganda disse que quer proibir os cidadãos do país de praticar sexo oral. "Boca é para comer", afirmou Yoweri Museveni, que culpou os estrangeiros por tentar convencer os ugandenses a replicar o ato sexual e, assim, banalizar a prática. Em 2014, Museveni chegou a aprovar lei que punia com a prisão perpétua a prática consensual da homossexualidade.
"Deixe-me aproveitar esta oportunidade para alertar publicamente nosso povo sobre as práticas erradas praticadas e promovidas por alguns dos forasteiros", disse o presidente evangélico socialmente conservador em uma coletiva de imprensa. "Uma delas se chama sexo oral. A boca é para comer, não para sexo", continuou.
Museveni assinou a lei anti-homossexualidade em 2014, condenando a prisão perpétua qualquer indivíduo que demonstrasse comportamento homossexual. Após pressão da comunidade internacional e ameaça de sanções dos EUA, o tribunal constitucional do país anulou a regra em agosto do mesmo ano por razões puramente técnicas.
Já naquele ano, o presidente da Uganda havia dito que o sexo oral causava lombrigas e parasitas. "Você coloca a boca lá e você volta com vermes e eles entram no seu estômago, porque a boca é o endereço errado", afirmou na época. Aos 73 anos, Yoweri Museveni está no poder na Uganda desde 1986.
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