Sabe aquela dor que surge na região lombar, na parte mais baixa da coluna, próximo a bacia? Isso é lombalgia. Essas dores são cada vez mais frequentes, e não apenas em pessoas com idade avançada, mas também em crianças e adolescentes. Cerca de 90% da população mundial apresenta dor lombar ao longo da vida. Mas o neurocirurgião e especialista em coluna do Hospital Jayme da Fonte, Dr. Cláudio Falcão, explica que a lombalgia pode ser entendida como uma doença ou um sintoma, é um tipo de dor que pode ter diferentes causas, algumas mais complexas, porém, na maioria dos casos não chega a ser um problema grave.
Existem dois tipos de lombalgia: a aguda e a crônica. A dor aguda acontece por lesão repentina, sendo uma dor forte depois de um esforço físico ou trauma, dura entre 4 e 6 semanas; já a dor crônica dura mais de 12 semanas. “Essa dor pode se estender para as nádegas e coxas. Cerca de 1% das pessoas que tem a lombalgia também tem a dor ciática, que é definida como a dor que irradia para a perna toda, associada a ‘formigamentos’.”, explica o especialista.
As causas mais comuns de lombalgia são: má postura, sobrecarga na coluna, carregar excesso de peso, etc. Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco ou artrose. “Ao surgimento dos sintomas, é importante procurar um profissional para avaliar a gravidade do caso. O diagnóstico é feito na consulta médica, com uma boa conversa entre o paciente e o médico, associado a um exame físico adequado. Alguns casos exigem que sejam realizados exames complementares como raios x, tomografia e ressonância”, afirma Dr. Cláudio.
O médico reforça que o tratamento da lombalgia é individualizado, ou seja, varia caso a caso, mas existem diversas alternativas como: medicamentos, reabilitação, os procedimentos percutâneos para controle de dor e até as cirurgias.
Alguns fatores são importantes para evitar a lombalgia:
- Correção postural;
- Realizar atividade física (sem impacto repetitivo);
- Evitar carregar peso;
- Ao se abaixar no chão lembrar de sempre dobrar os joelhos e não a coluna;
- Não dormir de bruços. Deitar de lado e com um travesseiro entre os joelhos; ou de barriga para cima;
- Quando usar mochilas nas costas, colocar as alças nos dois ombros e tomar cuidado com o excesso de peso, principalmente com as crianças.