Ceramista, escultor, pintor e desenhista com obras expostas no Brasil e exterior, o renomado artista plástico pernambucano Francisco Brennand emprestou seu reconhecido talento para a criação de dois modelos de urnas cinerárias para o Morada da Paz. “No processo de cremação, que está de alguma maneira associado às queimas da cerâmica, verifiquei também um processo de transmutação. Eu diria uma ressurreição”, avalia Francisco Brennand. “Pessoalmente, escolhi a cremação após a minha morte, quando posso imaginar um corpo sem vida entrar no forno e sair ressurreto”, completa o artista plástico. São as primeiras urnas cinerárias (também chamadas de funerárias) criadas sob encomenda pelo artista.
“Os primitivos cristãos oravam e faziam suas cerimônias nas catacumbas. Seus ritos, portanto, eram os mais simples e despojados de qualquer pretensão artística”, explica Brennand sobre o processo de criação das peças, que podem ser usadas como elementos decorativos dentro do ambiente familiar. “Pensando em um desenho apropriado para as urnas funerárias onde seriam depositadas as cinzas após a cremação, planejei utilizar tudo o que havia de mais simples e primitivo como forma, tendo como timbre indelével uma cruz”, completa.
As peças, de 20x15cm e 25x16cm, são produzidas artesanalmente em cerâmica refratária e queimadas à temperatura de 1.400 °C. Um dos modelos tem formato cúbico, sendo encimado por uma calota. O outro é uma forma esférica apoiada sobre uma base que sugere a cauda de um peixe. “O peixe foi um dos símbolos mais primitivos do Cristianismo nascente”, explica Francisco Brennand. Como se trata de um trabalho artesanal, cada modelo possui um estoque limitado de unidades, conferindo às peças uma característica ainda mais forte de obra de arte.
Cremação – Tendência mundial que vem crescendo no Brasil, a cremação tem entre seus diferenciais o fato de ser uma prática mais higiênica que o tradicional sepultamento e, por isso, melhor para o meio ambiente. No Cemitério e Crematório Morada da Paz, os clientes contam ainda com uma cerimônia especialmente criada para aliviar a dor de familiares e amigos no momento da despedida e fazer da cremação um momento repleto de significados.
A cerimônia faz uso do video mapping ou mapeamento de vídeo, técnica que consiste na projeção de vídeo em objetos ou superfícies irregulares, como fachadas de edifícios, por exemplo. Por meio da tecnologia, objetos de duas ou três dimensões são formados virtualmente no suporte escolhido. A proposta do trabalho desenvolvido para o Morada da Paz, em Paulista, foi de criar imagens que trouxessem reflexões sobre memória e sentimentos, de modo a trazer mais conforto para as pessoas.
“Mergulhamos na psicologia do luto para trabalhar cada etapa da cerimônia com o cuidado e respeito que uma despedida merece”, explica Ibsen Vila, diretor do Grupo Vila, empresa responsável pela administração do cemitério e crematório Morada da Paz, em Paulista. A projeção tem a duração aproximada de 15 minutos e traz imagens que remetem a elementos como vida, memória e passagem. O Morada da paz é pioneiro no País no uso da tecnologia no formato proposto.