sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Reações à Intolerância Religiosa

Os advogados Pedro Josephi e Danielle Portela protocolaram uma representação contra a vereadora Michelle Collins (PP-PE) na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Recife. 

A edil, que foi a mais votada nas eleições de 2016, preside a comissão de Direitos Humanos da casa legislativa. Ela fez uma postagem nas redes sociais, afirmando que estava "orando para quebrar a maldição de Iemanjá"

"Ela deveria promover ações, atos e manifestações de respeito às diferencias e diversidades. Ultrajar a figura de Iemanjá atenta contra a laicidade do Estado e desrespeita o Código de Ética da Casa. Pedimos também que seja enviada cópia do Procedimento ao Ministério Público de Pernambuco", disse Josephi em seu Facebook.

Protesto no Carnaval - Enquanto isso, o mestre em Teologia e sacerdote juremeiro Alexandre L'Omi L'Odò (de chapéu na foto abaixo) liderou um protesto junto a religiosos de candomblé e umbanda durante o encontro Tumaraca, na Praça do Marco Zero, em meio ao encontro de maracatus nação. 

"Não admitiremos mais nenhum ato de racismo e intolerância contra as religiões de matrizes africanas e indígenas. Essa vereadora tem que ser expulsa da comissão de direitos humanos da Câmara de vereadores do Recife e tem que ter seu mandato suspenso por racismo e quebra de decoro parlamentar!", afirmou o sacerdote.

No protesto, foi erguida uma faixa onde os religiosos pediram proteção à orixá Iemanjá. E em meio à festa, outra observação de Alexandre L'Omi: "Só lamento que ninguém no palco fez menção ao ato, viram e calaram. Espero que isso não tenha sido um pacto com o racismo institucional".