Pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que faz parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada esta semana, aponta o aumento da obesidade no Brasil entre 2008 a 2016. Para o cirurgião bariátrico pernambucano Walter França, o problema da obesidade é multifatorial e crescente em todo o País.
Foram entrevistados 53 mil usuários de planos de saúde de todo Brasil, sendo 20 mil homens e 33 mil mulheres distribuídos em 26 capitais estaduais e no Distrito Federal. O estudo revelou que o crescimento de 41,6% aconteceu mesmo com a maior conscientização da população em relação a ingestão de frutas e verduras e a prática de atividades físicas. De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França a obesidade é desencadeada por múltiplos fatores. “A violência urbana aliada a tecnologia colabora muito para o sedentarismo e, a ocidentalização no modo de se alimentar, com adesão aos fast foods, atreladas às recentes práticas comerciais de alimentos e bebidas clonadas serem mais acessíveis, levam as pessoas a consumirem de forma exagerada e acarretam o aumento de peso da população”, enfatiza.
De acordo com a pesquisa, em 2008, 46,5% dos brasileiros tinham índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 25 pontos. Essa parcela da população aumentou para 53,7% em 2017. Atualmente, 17,7% dos usuários de planos de saúde tem 30 pontos de IMC e estão obesas. Em 2008 essa parcela era de 12,5%. Os dados são assustadores pois a obesidade é uma doença crônica e que traz consigo inúmeras outras comorbidades como problemas cardiovasculares, câncer, depressão, hérnias, diabetes II, dermatites e dislipidemia (alteração do colesterol). Apnéia do sono, incontinência urinária ,disfunções hormonais e erétil nos homens, doenças articulares, apnéia do sono, doença do refluxo entre outros problemas.
Segundo Walter França, como qualquer outra cirurgia, a bariátrica tem riscos, mas as doenças relacionadas ao excesso de peso, matam muito mais. “ O risco de óbito numa cirurgia bariátrica é de 0,3, já a obesidade mata 10 vezes mais”, relata o profissional. Atualmente o método mais utilizado é o Sleeve ou Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ao duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho. O novo órgão fica com 150 ml a 250 ml e com forma parecida com um tubo gástrico Nessa redução se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Após a cirurgia, o apetite diminui.
SERVIÇO:
Cirurgião Bariátrico Walter França
(81) 3424.9796/ 3423.2772/ 3131.7887