A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou nesta segunda-feira que a campanha de vacinação contra a febre amarela anunciada por autoridades brasileiras pode ser efetiva em limitar a disseminação da doença transmitida por um mosquito, ao mesmo tempo que apontou para os desafios logísticos envolvidos em um processo de vacinação em massa.
Em informativo sobre a doença no país, a OMS também afirmou que a quantidade de pessoas ainda não vacinadas que moram em áreas com ecossistema favorável à transmissão do vírus “representa um risco elevado para a mudança no padrão atual de transmissão”.
Atualmente circula no Brasil a versão silvestre do vírus da febre amarela, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. A versão urbana da doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Neste momento, não existem registros no país da versão urbana da doença.
“Espera-se que a decisão das autoridades brasileiras de realizar uma campanha de vacinação em massa contra a febre amarela, incluindo doses padrão (0,5 ml) e fracionadas (0,1 ml), possa efetivamente limitar a transmissão da febre amarela”, disse a OMS em comunicado.
“É importante notar que, devido à sua escala e alcance, essa campanha de vacinação em massa provavelmente será caracterizada por desafios logísticos significativos”, acrescenta o comunicado.
Com o aumento de casos e de mortes provocadas pela doença, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a busca pela vacina tem aumentado significativamente, o que tem provocado longas filas e esperas em postos de saúde por pessoas tentando se vacinar.
Agência Reuters