A Fórmula 1 anunciou nesta quarta-feira (31/01) que abandonará o costume de colocar modelos mulheres para circular na pista dos autódromos antes do início das provas, bem como no pódio ao lado dos vencedores, uma tradição que tem sido tachada de sexista por movimentos feministas.
"Ainda que a prática de utilizar grid girls tenha sido um costume durante décadas nos grandes prêmios da Fórmula 1, sentimos que essa tradição não condiz com nossos valores e é claramente contrária às normas sociais modernas", afirmou o diretor de operações comerciais da F1, Sean Bratches.
O funcionário acrescentou, em nota, que a empresa "acredita que tal prática não seja apropriada ou relevante para a Fórmula 1 e seus fãs, antigos ou novos, ao redor do mundo".
Stuart Pringle, diretor do Circuito de Silverstone, na Inglaterra, reagiu ao anúncio afirmando "apoiar com todo o coração a decisão da F1 de abandonar o uso de grid girls". "É uma prática ultrapassada que não tem mais lugar no esporte", opinou.
A organização britânica Women's Sport Trust, que promove a participação das mulheres no esporte, também comemorou a decisão. "Obrigada, F1, por decidir parar de usar grid girls. Mais um esporte fazendo uma escolha clara sobre o que ele quer defender", disse o grupo no Twitter.
A Fórmula 1 informou que a decisão será colocada em prática já no início da temporada 2018 da categoria, em 25 de março, com o Grande Prêmio da Austrália, no circuito de Albert Park, em Melbourne.
Segundo comunicado, a ausência das grid girls também será estendida a provas de outras categorias que sejam disputadas nos mesmos fins de semana em que ocorrem os GPs.
Deustche Welle