A taxa de suicídios entre indígenas é quase o triplo da registrada pela média nacional. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2011 a 2016 foram registradas 15,2 mortes do tipo a cada 100 mil indígenas.
A média nacional –englobando todos os grupos étnicos da população– é de 5,7 óbitos a cada 100 mil pessoas.
Nesse grupo, os homens cometem o triplo de suicídios comparado às mulheres: 23,1 contra 7,7 a cada 100 mil indígenas. Segundo o órgão, a incidência entre os indígenas é maior entre os jovens de 10 a 19 anos: 44,8% dos óbitos deste tipo foram nessa faixa etária.
Na população branca, há 5,9 mortes por suicídio a cada grupo de 100 mil habitantes. Negros registram 4,7 óbitos e os amarelos 2,4 suicídios no mesmo tipo de comparação.
Os dados foram apresentados nesta 5ª feira (21.set.2017). Leia a íntegra da apresentação.
Fatores de Risco
De acordo com o levantamento, entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais (depressão, alcoolismo, esquizofrenia), questões sociodemográficas (como isolamento social), psicológicos (perdas recentes) e condições clínicas incapacitantes (lesões desfigurantes, dor crônica, neoplasias malignas).
Segundo o Ministério da Saúde, o país registra 11 mil suicídios por ano. A meta é reduzir em 10% a mortalidade até 2020. O Brasil é signatário do Plano de Ação em Saúde Mental, lançado em 2013 pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
O governo promete capacitar profissionais e orientar a população de jornalistas, além da expansão da rede de assistência em saúde mental nas áreas de maior risco. O Ministério da Saúde planeja a criação de 1 Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.
Este texto é sobre o suicídio, a morte autoprovocada pelas vítimas. Caso precise de ajuda, acione o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo site ou pelos números 188 e 141. O CVV promove o apoio emocional e a prevenção do suicídio, de forma voluntária e gratuita.
Renan Melo Xavier - Portal Poder 360º