Para marcar o mês em que se comemora o Combate à Sepse (Infeccção Generalizada), o Hospital Esperança, integrante da Rede D’Or São Luiz, está realizando uma campanha interna e divulgando entre os funcionários, pacientes e visitantes a importância de se conhecer mais sobre essa síndrome, que é caracterizada por um conjunto de manifestações graves em todo o organismo e tem uma infecção como causa.
O Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo pela Sepse; estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem anualmente. Para diminuir esse número, a informação é fundamental. Segundo o infectologista Moacir Jucá, “a prevenção acontece com o reconhecimento precoce dos sinais de alerta da doença e o início rápido do tratamento, que envolve, principalmente, a administração de antibiótico”.
Doutor Moacir explica, ainda, que a síndrome pode ser causada por fungos, vírus ou bactérias. Nessa situação, o tempo entre o reconhecimento dos sinais de alerta para diagnóstico de Sepse e o início do tratamento são importantes para uma melhor evolução clínica. De acordo com ele, a gravidade da infecção vai depender de fatores diversos, incluindo o estado vacinal e nutricional do paciente, fatores relacionados ao agente infeccioso e fatores extras que podem interferir na evolução do caso, como ser submetido a procedimentos cirúrgicos, transplantes ou tratamento quimioterápico, por exemplo.
A programação da semana de campanha contra a Sepse do Hospital Esperança inclui ações para despertar a conscientização de quem vai visitar pacientes internados: sempre lavar as mãos ao entrar e sair do hospital e antes de tocar no paciente e em seus pertences; evitar tocar nos equipamentos conectados aos pacientes; não levar flores e alimentos para o ambiente hospitalar; não sentar na cama do paciente nem utilizar sua cadeira e mesa de cabeceira; não visitar o paciente se estiver portando alguma doença contagiosa; evitar aglomeração de pessoas no apartamento do paciente e também nos corredores. “Essas são algumas medidas simples que ajudam no controle das infecções hospitalares”, afirma o médico.