Na última semana (28.ago.2017 a 1º.set.2017), o governo demitiu 66 servidores indicados por deputados que votaram a favor da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer. O levantamento é do Poder360.
Entre as punições, foram contabilizadas exonerações de servidores e dispensas de suas funções comissionadas.
Os servidores, em geral, faziam parte de superintendências e autarquias regionais. As punições integram a estratégia do Planalto de enviar 1 recado aos deputados. Para manter cargos no governo, é preciso votar conforme a orientação do Planalto.
Neste link há os nomes de todos os demitidos pelo governo de 28 de agosto a 1º de setembro.
MORDE E ASSOPRA
Mas o Planalto não quer fechar as portas aos infiéis. Em 30 de agosto, o Poder360 falou com deputados punidos desde que a Câmara votou a denúncia contra Temer. Alguns deles disseram continuar tendo parte de seus indicados empregada no Executivo.
Isso porque as punições são “recados” aos governistas. Só são definitivas e completas nos casos em que o governo não vê possibilidade de reverter votos a favor da reforma da Previdência e de outras propostas importantes para o Planalto.
O QUE É A FISIOLOGIA
Como maneira de garantir apoio de siglas, o presidente da República costuma distribuir seus ministérios e outras autarquias importantes. Mas há demandas mais paroquiais de deputados e senadores, como superintendências regionais e cargos no interior do país.
As reivindicações dos congressistas são enviadas à Secretaria de Governo, do ministro tucano Antonio Imbassahy. Ele, junto do núcleo duro do Planalto, é responsável por negociar esses pedidos dos representantes do Legislativo.
A praxe: congressistas que têm indicados na administração pública apoiam o governo. Quando não seguem a orientação do Planalto, se sujeitam às punições e demissões de seus indicados, como uma retaliação. É toma lá, dá cá.
PAUTA DA SEMANA
O presidente Michel Temer volta a Brasília na 4ª feira (6.set.2017). Enquanto isso, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) continua a despachar do Planalto como presidente interino.
A Câmara pode votar nesta semana a medida provisória que institui o Refis –cujo prazo de adesão foi prorrogado até o fim de setembro.
O Senado deve deliberar a MP que cria a TLP (Taxa de Longo Prazo), uma nova taxa de juros subsidiados do BNDES. Se aprovada, substituirá a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) a partir de 2018.
Poder 360º