segunda-feira, 24 de julho de 2017

Hospital Miguel Arraes realiza ação contra Hepatites Virais

Dentre as cores escolhidas pelo Ministério da Saúde para alertar sobre doenças, coube ao mês de julho a cor amarela como forma de chamar atenção para os riscos das hepatites virais. A hepatite viral é uma infecção que acomete o fígado. Pode ser causada por 5 tipos de vírus, nomeados pelas letras A, B, C, D e E, cada um com características diferentes e formas de contágio e evolução específicas.

De acordo com o MS, mais de três milhões de pessoas, em todo o Brasil, estão contaminadas com a doença. Em 10 anos, o país registrou mais de 300 mil novos casos, com mais de 37 mil óbitos. A Hepatite C é a mais perigosa e a que mais mata no Brasil, sendo responsável por 70% das mortes. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos casos de câncer de fígado são causados por hepatites virais. Para a OMS, as hepatites virais são 10 vezes mais infecciosas que o vírus da Aids.

O Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, atende uma média de 32 pacientes por mês com os sintomas da doença. De janeiro até este mês de julho foram 225 notificações de casos suspeitos.

Para alertar sobre o perigo das hepatites virais, o HMA promove nesta sexta-feira, 28, Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, uma grande ação a partir das 9h. Será realizada uma palestra com a infectologista Cátia Arcuri, coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), e com Fábio Queiroga, coordenador de Clínica Médica do Hospital Miguel Arraes, que esclarecerão sobre a doença. Em seguida, o Laboratório e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NEPI) do HMA estarão realizando 200 testes rápidos para Hepatites B e C. O resultado sairá em 30 minutos e os casos positivos serão encaminhados para o IMIP, no Recife. A ação será realizada no auditório do Hospital Miguel Arraes.

SINTOMAS

Os principais sintomas da hepatite são febre, náuseas, vômitos, mal-estar, pele e olhos amarelados, além de falta de apetite e urina escura. Na presença deles, deve-se procurar uma unidade de saúde para realizar o exame de sangue capaz de detectar a existência do vírus no organismo.

A mais conhecida de todas é a Hepatite A (HAV), cujo vírus é transmitido por água ou alimentos contaminados com as fezes de um portador humano. Por isso está relacionada às más condições de higiene e/ou saneamento básico. Não há tratamento específico, mas a evolução em geral é boa e a recuperação é completa.

As mais graves são a Hepatite B e C (HCB e HCV), cujos vírus podem ser transmitidos por relações sexuais desprotegidas ou por procedimentos que envolvem sangue, sem os devidos e fundamentais cuidados de esterilização. O problema da hepatite C é que ela pode ser totalmente assintomática nas fases iniciais. Muitos ficam sabendo que a possuem por exames laboratoriais. Apenas 20% dos acometidos se curam. Os 80% restantes em geral evoluem para quadros crônicos. Desses, uma parcela pode evoluir para cirrose ou para o carcinoma de fígado. 


Com informações da jornalista Iana Gouveia