quinta-feira, 25 de maio de 2017

Reino Unido investiga atentado no show de Ariana Grande

A polícia britânica confirmou nesta nesta quarta-feira (24/05) estar investigando uma rede suspeita de estar por trás do ataque suicida que deixou 22 mortos e 64 feridos na saída de um show da cantora norte americana Ariana Grande (foto), em Manchester.



"Acho que está muito claro que estamos investigando uma rede", disse o chefe de polícia de Manchester, Ian Hopkins. As operações de busca em Manchester continuam, afirmou.

O ataque, ocorrido na noite desta segunda-feira, foi executado por Salman Abedi, de 22 anos. A ministra do Interior, Amber Rudd, já havia dito ser provável que Abedi não tenha agido sozinho e que ele era conhecido das autoridades de segurança.

Frank Gardner, jornalista especialista em segurança da emissora britânica BBC, divulgou informações de que Abedi teria sido apenas uma "mula", ou seja, ele teria vestido explosivos construídos por outra pessoa.

Além disso, a BBC confirmou que um homem de 23 anos preso na terça-feira por suposta conexão com o ataque em Chorlton, no sul de Manchester, é irmão de Abedi. A polícia prendeu mais três homens suspeitos de ligação com o atentado no sul da cidade inglesa.

Abedi nasceu em Manchester e tinha origem líbia. Seus pais seriam refugiados que fugiram do regime de Muammar Kadafi, segundo relatos da imprensa britânica. Ele teria ao menos três irmãos. O jovem de 22 anos vivia em Manchester numa das duas residências que foram alvo de uma operação policial nesta terça-feira.

Segundo o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, Abedi teria passado pela Síria, onde se radicalizou. "É um cidadão de nacionalidade britânica, de origem líbia, mas que cresceu no Reino Unido e que, de repente, depois de uma viagem à Líbia e provavelmente à Síria, se radicalizou e decidiu cometer este atentado", disse com base em informações fornecidas por investigadores britânicos.

O atentado foi reivindicado pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). Trata-se do ataque mais mortal no Reino Unido desde o 7 de julho de 2005, quando homens-bomba mataram 52 pessoas no transporte público de Londres.

A polícia britânica divulgou também estar "confiante" de que as autoridades já identificaram todas as 22 pessoas que morreram no atentado e entraram em contato com todas as famílias. Somente depois de completar o trabalho forense, que pode levar até cinco dias, a polícia divulgará formalmente a lista de mortos.

Nesta terça-feira, o Reino Unido elevou seu nível de alerta para "crítico", o máximo em uma escala de cinco. Soldados foram alocados para tarefas de segurança.