Morreu nesta sexta-feira o sambista Almir Guineto, aos 70 anos, no Hospital Clementino Fraga, na Ilha do Fundão, no Rio, onde o cantor estava internado. A informação sobre seu falecimento foi divulgada pelos perfis do artista no Twitter e no Facebook. A causa da morte não foi esclarecida.
"Comunicamos com pesar o falecimento do sambista Almir Guineto, na manhã desta sexta-feira (5), no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações trazidas por problemas renais crônicos e diabetes. A família do cantor agradece pelas orações e o carinho de todos os fãs e admiradores. As informações sobre o velório e o sepultamento serão divulgadas em breve", diz o comunicado no Facebook.
Fundador do grupo Fundo de Quintal, Guineto estava internado desde março. Ele lutava há 17 meses contra problemas renais crônicos.
Em junho de 2016, o músico se afastou dos palcos. Ele passaria a tratar uma insuficiência real crônica depois de descobrir o problema de saúde no fim de 2015, quando sentiu fortes dores no corpo antes de um show em São Paulo.
O cantor reconheceu, na época, que o tratamento o havia enfraquecido e impedido cumprir com excelência a agenda de apresentações.
Biografia - Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na cidade do Rio de Janeiro, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba; sua mãe Nair de Souza (mais conhecida como "Dona Fia") era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro; seu irmão Francisco de Souza Serra (mais conhecido como Chiquinho) foi um dos fundadores dos "Originais do Samba".
Na década de 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que freqüentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba.
Em 1979, Almir mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez "Bebedeira do Zé", sua primeira composição gravada pelo grupo, onde a voz do Sambista aparece puxa o verso "Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver" e a sambista Beth Carvalho gravou algumas composições de Guineto, como "Coisinha do Pai", "Pedi ao Céu" e "Tem Nada Não".
No Espaço - Em 1997, "Coisinha do Pai" foi programada pela engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte. No ano seguinte, compôs com Arlindo Cruz, Sombrinha e Xerife "Samba de Marte" - que relata a história da chegada de "Coisinha do Pai" em solo marciano.
Com informações do Jornal Extra (Rio) e da Wikipedia