O anúncio feito pelo Governo de Pernambuco de que pretende criar um Batalhão de Operações Especiais (Bope), nos moldes do que já funciona no Estado do Rio de Janeiro, levou o governador, Paulo Câmara (PSB), a se antecipar às críticas assegurando que a unidade não cometerá "excessos".
"Já trabalhamos garantindo os direitos humanos. A gente tem muito cuidado nisso. Quando ocorre qualquer tipo de excesso, é investigado. Pernambuco tem essa tradição de ter uma polícia muito responsável que busca combater a violência garantindo o ir e vir das pessoas. Tenho segurança que Pernambuco, mais uma vez, com a criação desse batalhão, vai melhorar o serviço, porque é isso que a gente quer e é isso que a população espera de nós", disse.
O projeto de criação do Bope pernambucano tramitará em regime de urgência na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A criação da unidade é uma tentativa do governador Paulo Câmara para brecar um dos principais pontos críticos da sua administração: a segurança pública.
Somente nos primeiros 69 dias do ano, mais de 1.520 assassinatos foram registrados em Pernambuco, evidenciando o fracasso do Pacto pela Vida, principal mote da gestão socialista nos últimos dez anos em relação à segurança pública. A escala crescente ad violência levou o governo a anunciar investimentos da ordem de R$ 280 milhões no setor de segurança pública, além de anunciar a contratação de cerca de 4,8 mil policiais.
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