O mês de maio trouxe muitas chuvas e garantiu a recuperação dos níveis de três dos quatro principais mananciais da Região Metropolitana do Recife (RMR). Nos últimos dez dias, houve um aumento do volume acumulado nas Barragens de Pirapama, Tapacurá e Duas, que variou entre 13% e 41%. A Barragem de Pirapama, situada no Cabo de Santo Agostinho, praticamente dobrou o seu volume no período, de 44,67% passou para 86,43%, e obteve um acréscimo de 41,76% no nível do reservatório. As barragens de Tapacurá e Duas Unas aumentaram 13,26% e 14,62%, respectivamente, e hoje (31) estão com 44,02% e 41,84% da capacidade total de reservação. A Barragem de Botafogo, em Igarassu, ainda não consegui elevar o nível de acumulação, registrando apenas o aumento de 1,7% e está hoje com 15,34% da sua capacidade máxima.
A expectativa dos técnicos da Compesa é que a Barragem de Pirapama, o segundo maior reservatório da Região Metropolitana do Recife - mas responsável por 35% da RMR – atinja 100 % da sua capacidade nos próximos dias. “Pirapama permite a exploração de uma vazão de 5 mil litros de água, por segundo, e é o sistema mais importante para a distribuição de água da RMR, contemplando três cidades: áreas planas do Recife, Cabo de Santo Agostinho e bairros de Jaboatão dos Guararapes “, esclarece o diretor Técnico e de Engenharia, Rômulo Aurélio Souza.
Segundo o diretor, o volume de água acumulado até hoje em Pirapama já dá tranquilidade para administrar o abastecimento de água nessas áreas até o próximo verão. “Nas áreas atendidas por Pirapama, não haverá alteração na distribuição de água, mesmo que a barragem atinja a sua capacidade máxima ( sangre ) porque já trabalhamos com a capacidade máxima de tratamento de água do sistema”, explica o diretor.
As Barragens de Tapacurá e Duas Unas ainda estão abaixo dos níveis esperados. A expectativa é que esse quadro mude até o fim do inverno, em julho. Nos últimos seis anos, essas duas barragens apresentam um dos menores índices de acumulação, usando como parâmetro o mês de maio. Nesse período, nos anos de 2015 e 2016, a Barragem de Tapacurá, em São Lourenço da Mata, responsável por 20% do abastecimento da metropolitana, alcançou 42,6% e 63,6%. Já Duas Unas, em Jaboatão dos Guararapes, registrou 38,6% e 93,2%.
Mesmo que esses dois mananciais consigam verter (sangrar), o rodízio nas cidades do Recife, São Lourenço da Mata, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes não sofrerá alteração, uma vez que a Estação de Tratamento Castelo Branco (ETA Tapacura) já trabalha com a sua capacidade máxima de tratamento. A água acumulada nas barragens significa que não iremos correr o risco de intensificar o rodízio e que alcançaremos o próximo inverno com tranquilidade ", esclarece Rômulo Aurélio Souza.
A Barragem de Botafogo, em Igarassu, é o manancial que mais preocupa a Compesa. Ainda não há registro de chuvas suficientes para alterar o quadro do reservatório. Em abril deste ano, Botafogo chegou a 11,27% ,obrigando a companhia a ampliar o rodízio nas cidades de Olinda, Paulista, Igarassu e Abreu e Lima, para evitar o colapso do abastecimento. “A situação ainda é muito crítica e esperamos que esse quadro mude até o final do período chuvoso “, argumenta Souza.
Se for considerar a média histórica de pluviometria para maio, Tapacurá ficou abaixo do esperado para o mês. Neste ano, a barragem registrou 128 milímetros (mm) de chuvas no período, enquanto que a média histórica para o manancial é de 245 milímetros. Também houve uma precipitação menor de chuvas em Botafogo, que foi de 195 mm, no entanto, o esperado para o mês maio na barragem é o volume de 258 milímetros. Já a pluviometria das barragens de Pirapama e Duas Unas foi acima da média histórica. Em Pirapama choveu 479 mm, volume bem superior à média histórica do manancial, que é de 276 mm para o mês de maio.
UNIDADES
CAPACIDADE
VOLUME EM 31/05/17
Tapacurá
94.200.000 m³
41.468.000 m³
Duas Unas
24.199.000 m³
10.125.000 m³
Botafogo
27.595.036 m³
4.233.000 m³
Pirapama
60.880.246 m³
52.618.000 m³
Imprensa Compesa