Pelo menos 90 membros do Estado Islâmico (EI) morreram após o ataque no qual os Estados Unidos utilizaram a bomba GBU-43, o projétil não nuclear mais potente do arsenal norte-americano, afirmou nesta sexta-feira (14/04) o Ministério da Defesa do Afeganistão.
Segundo o órgão, a “mãe de todas as bombas” também destruiu uma importante instalação do grupo terrorista. De acordo com Cabul, o grupo terrorista usava o esconderijo "para coordenar seus ataques terroristas em diferentes partes da província", na fronteira com Paquistão.
Por sua vez, o general John W. Nicholson, comandante das tropas dos Estados Unidos no Afeganistão, defendeu nesta sexta o uso da GBU-43 e disse que ela era a “arma adequada”. Em uma entrevista coletiva em Cabul, o militar afirmou que as instalações que teriam sido destruídas eram um “grande obstáculo”, e a ação foi feita “no momento correto”.
Segundo o ministério afegão, não houve vítimas civis. O porta-voz do órgão, Dawlat Waziri, afirmou que só uma família vivia nos arredores do lugar do bombardeio e que ela tinha sido evacuada ontem, poucas horas antes da ação militar.
Waziri disse também que que alguns dos túneis, construídos pelos mujahedins durante a época da invasão soviética no Afeganistão, encontravam-se a 40 metros de profundidade, motivo pelo qual a força aérea afegã não podia destrui-los.
O bombardeio com a GBU-43, um projétil de dez toneladas que mata com uma onda de pressão aérea, foi executado nesta quinta (13/04) às 19h32 (horário local, 12h02 em Brasília), no distrito de Achin, na província oriental de Nangarhar, com a aprovação do presidente norte-americano, Donald Trump.
Opera Mundi