Solto desde 24 de fevereiro, o goleiro Bruno Fernandes pode ter determinada, nesta terça-feira, sua volta à cadeia. A partir das 14h, a primeira turma do Supremo Tribunal Federal deve avaliar, em definitivo, o habeas corpus que garantiu a liberdade ao jogador, condenado pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio, em 2010.
Caso a maioria dos ministros seja contra o benefício, Bruno voltará a ser preso. Condenado em primeira instância, ele já ficou em detenção por seis anos e sete meses. No último dia 24 de fevereiro, o ministro Marco Aurélio Mello permitiu que o goleiro aguardasse à decisão de segunda instância em liberdade. Segundo o colunista do GLOBO Lauro Jardim apurou, a maioria dos ministros do STF é favorável ao retorno de Bruno à cadeia.
Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF um parecer pedindo a revogação da decisão que libertou Bruno.
Apreensão - Atualmente, Bruno está atuando no clube Boa Esporte, de Minas Gerais. Apesar da possibilidade de retorno à prisão, o advogado do jogador, Lúcio Adolfo, disse que ele está "apreensivo", mas confiante no resultado.
— Não acredito nessa possibilidade. O Ministro Marco Aurélio Mello concedeu a medida liminar, que é algo muito dificil. O Bruno está trabalhando, não esta na gandaia, não fala mal de ninguém. Ele está calmo e tranquilo. Está apreensivo, mas confia no Judiciário — disse o advogado Lúcio Adolfo.
A defesa de Bruno também comentou as críticas de Rodrigo Janot à equipe. O procurador refutou a tese da defesa sobre a demora do julgamento de um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais enquanto o goleiro estava preso.
— Não é absolutamente verdade. Quando um advogado demora pra entregar o processo, o juiz manda ir lá e buscá-lo. Ele não tem o que falar sobre isso. Se o processo atrasou, não foi culpa da defesa — declarou.
Bruno foi condenado pelo assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um filho, em março de 2013. A pena foi de 22 anos e três meses de prisão. Mas como até fevereiro passado ainda não havia confirmação ainda da condenação na segunda instância, Marco Aurélio determinou que ele tivesse o direito de recorrer em liberdade.
Jornal Extra (Rio)
Nota do Blog: Bruno foi condenado pelo sequestro, cárcere privado, assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samudio, desaparecida desde 2010.