Ao menos sete civis e três soldados morreram neste domingo (9) em Mogadíscio, na Somália, na explosão de um carro-bomba. O alvo do atentado era o comboio do novo chefe do exército somali, indicou à AFP uma fonte militar.
"Confirmamos a morte de sete civis e de três membros das forças de segurança", declarou à AFP um funcionário de alto escalão do exército somali, Muktar Adan Moalim.
Um suicida ao volante de um veículo repleto de explosivos se lançou neste domingo contra o comboio que escoltava Ahmed Mohamed Jimal. Ele é conhecido pela população pelo apelido "Irfid", e foi designado na quinta-feira passada à frente do exército do país pelo presidente Mohamed Abdullahi Mohamed.
"Um micro-ônibus carregado de explosivos se chocou contra um ônibus que transportava civis, quando tentava alcançar o comboio do chefe do exército", havia afirmado Muktar Adan Moalim à AFP antes de confirmar o número de vítimas fatais.
Por sua vez, o diretor do serviço de ambulâncias privadas "Amin", da capital Mogadíscio, Abdulkadir Abdirahman Adem, informou que cinco feridos foram hospitalizados.
Segundo várias testemunhas, o balanço de vítimas deste ataque, lançado perto do ministério da Defesa, é difícil de estabelecer, já que os corpos de várias vítimas foram despedaçados pela potente explosão.
Um cinegrafista da AFP que se dirigiu ao local pouco depois do ataque viu os cadáveres de ao menos cinco pessoas e vários restos humanos espalhados no chão.
O ataque foi reivindicado quase imediatamente pelos islamitas radicais shebab, que também indicaram que o chefe do exército havia escapado do atentado.
Este grupo jihadista somali vinculado à Al-Qaeda, Al Shabab, fez sua reivindicação do atentado através de um comunicado transmitido por sua estação de rádio Andalus: "um combatente mujahedine lançou seu carro repleto de explosivos contra um comboio e as primeiras informações indicam que o chefe do exército escapou por pouco".
Ele indicou que outros funcionários de alto escalão do exército também conseguiram escapar do ataque.
Portal G1