Moacir Bianchi, 48 anos, um dos fundadores da Torcida Mancha Verde, conhecida atualmente como Mancha Alviverde, morreu nesta quinta-feira (2). Segundo a Polícia Civil, ele foi assassinado e seu carro foi encontrado com muitas perfurações a bala.
O delegado responsável pela investigação do caso, Nilton Montoro, relatou que a Polícia encontrou 16 balas no local do crime; Bianchi possuía 22 ferimentos espalhados por braços, pernas, rosto e tronco.
De luto, a agremiação, que é a principal torcida organizada do Palmeiras, resolveu encerrar as atividades por tempo indeterminado. Bianchi é o segundo fundador da Mancha que morre assinado. Seu grande amigo Cléo Sóstenes já havia sido morto em 1988, também a tiros.
Lenda - Bianchi era descrito como um apaziguador e 'lenda' da organizada mais popular do Palmeiras. Antigo dono de uma boate na capital paulista, ele possuía o respeito de diversas alas palmeirenses.
Até mesmo rivais respeitavam e admiravam a personalidade de Bianchi, que transportou para os três filhos o carinho pelo Palmeiras. Apesar do trabalho no comando da boate, o fundador dedicava grande parte do tempo para cuidar dos interesses da Mancha Verde.
Desde a adolescência, passando pela maioridade e a meia-idade, a organizada e Bianchi se relacionavam. No passado, como na fatídica briga com são-paulinos no Estádio do Pacaembu, em 1995, ele não hesitava em usar a força física para defender a instituição que fundou. As brigas, no passado, eram comuns, e serviram para ascender a reputação pessoal dentro do grupo.
Atualmente, o direcionamento maior se encontrava na escola de samba. Bianchi gostava de expor os eventos na quadra, o desenvolvimento do trabalho para o Carnaval e até mesmo as fotos com as musas – como Viviane Araújo e a ex-Panicat Juju Salimeni, de quem se aproximou ao ponto de estar presente no casamento com o bodybuilder Felipe Franco.
Herança - O filho Diego Bianchi vivia uma das principais experiências da vida até receber a notícia do assassinato do pai, na última quinta-feira. Diego se encontra na Irlanda, onde faz intercâmbio.
Mesmo de longe, carregava a paixão pelo clube e o gene do pai para organizar um grupo. Em Dublin, fundou uma torcida destinada a apoiar o Palmeiras diretamente do Velho Continente.
No dia do título brasileiro, em meio à madrugada irlandesa, Diego e os amigos reuniram mais de 400 pessoas para assistirem ao confronto diante da Chapecoense.
Com informações do Portal UOL