Enquanto a taxa de desemprego no país foi de 12% no final do quarto trimestre, ela chegou a 14,4% entre pretos e a 14,1% entre pardos. Para os brancos, a taxa foi menor, de 9,5%.
Os dados fazem parte de um detalhamento da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada no final do mês passado.
O uso do termo “preto” costuma ser criticado nas redes sociais como supostamente preconceituoso, mas é a terminologia oficial da pesquisa do IBGE. O grupo mais genérico de “negros” reúne as cores específicas, “preta” e “parda”, explica o instituto.
Do total de 12,3 milhões de desempregados no último trimestre de 2016, a maioria (52,7%) era parda. Brancos representavam 35,6%, e pretos, 11%.
Na população total, os brancos representam 45,2%, os pardos, 45,1%, e os pretos, 8,9%, de acordo com a última contagem do IBGE, de 2015.
A pesquisa também mostrou diferenças no rendimento de pretos, pardos e brancos. Enquanto os brancos tiveram rendimento médio de R$ 2.660, acima da média nacional (R$ 2.043), pardos receberam R$ 1.480 e pretos, R$ 1.461.
Desemprego é maior entre mulheres e jovens
Proporcionalmente, o desemprego é maior entre as mulheres. A taxa de desocupação entre elas foi de 13,8%, e entre os homens, de 10,7%.
O percentual de mulheres (50,3%) na população desocupada foi superior ao de homens (49,7%) no quarto trimestre em quase todas as regiões do país.
A exceção foi a região Nordeste, onde as mulheres representavam 48,7% da população desocupada.
Considerando o desemprego por idade, o IBGE informou que a taxa foi maior entre jovens de 18 a 24 anos (25,9%). Já no grupos de pessoas de 25 a 39 anos o desemprego foi de 11,2% e, no de 40 a 59 anos, de 6,9%.
11,8 milhões de desempregados em 2016
O Brasil fechou 2016 com 11,8 milhões de desempregados, em média, o que representa um aumento de 37% na comparação com 2015, quando eram 8,6 milhões. É o maior registrado pela pesquisa, que começou a ser feita em 2012.
A taxa de desemprego no ano passado foi de 11,5%, em média, também a maior desde 2012. Em 2015, a taxa média de desemprego havia sido de 8,5%.
Somente no quarto trimestre de 2016, o Brasil tinha 12,3 milhões de desempregados, segundo o IBGE, o maior número desde 2012. É um aumento de 2,7% na comparação com o terceiro trimestre, e de 36% em relação ao mesmo período de 2015.
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