As polícias Civil e Militar confirmaram que cinco detentos morreram após um tiroteio na manhã desta quinta-feira (23) na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. A corporação contabilizou ainda 35 feridos durante a confusão. Parentes dos presos (foto) aguardam notícias.
A assessoria dos bombeiros destacou que a corporação levou seis feridos para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e um para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). Os outros que sofreram lesões foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para as mesmas unidades de saúde. Do total de feridos, oito têm estado de saúde considerado grave e 11 foram medicados e retornaram à POG.
Três dos mortos já foram identificados. São eles: Thiago César de Souza, conhecido como Thiago Topete, líder de uma quadrilha de tráfico de drogas, William Seixas Silva Barbosa e Alexandre Batista França. Os outros dois ainda aguardam reconhecimento.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de Goiás (Aspego), Jorimar Bastos, não se trata de uma rebelião, mas sim um conflito entre os próprios detentos. "Foi uma briga entre as alas, mas a situação já está controlada. Não houve insatisfação dos presos, mas um confronto entre eles", disse.
Várias forças de segurança estão no local. O assessor de comunicação da PM de Goiás, tenente-coronel Ricardo Mendes, informou que a situação foi controlada e que não houve reféns. Ainda segundo ele, se envolveram presos das alas A, B, C, 310 e 320.
“A confusão começou entre duas facções rivais e foi contida pelo sistema de segurança pública. Nenhuma fuga foi registrada”, afirmou.
Ainda segundo Mendes, já foram encontradas duas armas nas vistorias feitas no presídio, no entanto, as vistorias continuam. Houve um princípio de incêndio no local, mas o militar destaca que “ainda é cedo para avaliar os prejuízos causados”.
Investigações - O delegado Gylson Mariano, assessor de imprensa da Polícia Civil, informou que a corporação deve investigar o que levou ao confronto entre os presos. “O Grupo de Investigação de Homicídios de Aparecida de Goiânia já está com equipes no local junto com a Polícia Técnico-Científica. Eles estão analisando a dinâmica, já que ainda não sabemos o que aconteceu que permitiu que presos de alas diferentes se encontrassem”, explicou.
Mariano destaca que a Polícia Civil também deve investigar como as armas encontradas com os presos entraram dentro do presídio. Vários ônibus cheios de detentos saíram do Complexo Prisional do final da tarde. As polícias Civil e Militar não informaram quantos presos estão sendo transferidos nem para onde eles estão sendo levados.
Portal G1