Existe uma iniciativa do Ministério da Saúde de pretender acabar com as unidades próprias do programa, de acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), criador do programa quando era ministro da saúde no Governo Lula (2003-2011). O governo federal alega que o modelo de unidades próprias tem um custo muito alto e é pouco eficaz.
Os estabelecimentos são mantidos com recursos da pasta, em parceria com estados e municípios, e oferecem mais de uma centena de medicamentos a custo zero para a população. Esses locais são a única opção para quem precisa dos remédios em muitos municípios brasileiros, pois a rede privada credenciada, apesar de ser grande, não chega a todos os lugares do País.
A discussão para o fim dessas unidades da Farmácia Popular começou a ser feita há alguns meses, mas uma decisão final ainda não foi tomada pelo ministério porque os secretários municipais de saúde não chegaram a um consenso. Há dúvidas sobre o que será feito com a demanda atual existente. De acordo com relatos dos que tratam do tema, parte dos secretários defende a migração pura e simples para as farmácias credenciadas.
A cesta de produtos contém 112 itens para tratar de males crônicos, como asma, diabetes, mal de Parkinson, glaucoma, hipertensão, osteoporose e rinite, além de anticoncepcional, incluindo analgésicos, ansiolíticos, antialérgicos, antibacterianos, antidepressivos, anti-inflamatório, entre outros.
Em janeiro deste ano, Ministério da Saúde havia decidido, sem alarde, sobre novos critérios de acesso aos medicamentos concedidos à população baseado em faixas etárias pré-definidas pela pasta, o que restringe a distribuição.
A Farmácia Popular visa a atingir aquela parcela da população que não busca assistência no SUS, mas tem dificuldade para manter tratamento medicamentoso devido ao alto preço dos medicamentos. Neste sentido, uma das ações do Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011, com o objetivo de elevar a renda e as condições de bem-estar da população, rompendo barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais, consiste na distribuição de medicamentos para hipertensos e diabéticos por meio do Programa Farmácia Popular do Brasil.
Com informações do Portal Brasil 247 e do Ministério da Saúde