Michael Flynn (foto) era considerado um dos principais promotores da melhoria de relações entre a Rússia e os Estados Unidos. O militar, porém, foi acusado por veículos de imprensa dos EUA de ter se reunido com o embaixador russo, Sergey Kislyak, antes mesmo de ter assumido o cargo para discutir o fim das sanções contra a Rússia.
Na carta de renúncia, o agora ex-conselheiro de Trump se justifica dizendo que, antes de assumir, ele conversou com dezenas de embaixadores, ministros e homólogos estrangeiros.
"Essas ligações foram realizadas para facilitar uma transição suave e para iniciar a construção de relações necessárias entre o Presidente, seus conselheiros e líderes estrangeiros. Ligações assim são prática padrão em qualquer transição desta magnitude. Infelizmente, dada a velocidade dos eventos, eu inadvertidamente repassei informações incompletas ao vice-presidente [Mike Pence] acerca das ligações com o embaixador da Rússia. Eu pedi sinceras desculpas ao Presidente e ao vice-presidente e eles aceitaram", diz Flynn no texto.
As acusações contra o militar, que já repercutiam na mídia americana ao longo de todo o fim de semana, se tornaram ainda mais delicadas depois de uma nova reportagem do The Washington Post mostrando que a ex-procuradora-geral Sally Yates advertiu a Casa Branca de que Flynn "havia induzido funcionários do Departamento de Justiça ao erro quanto a correspondência dele com o embaixador da Rússia".
Yates foi demitida por Trump no final de janeiro depois de desafiar a proibição de viagem a sete países de maioria islâmica. Donald Trump nomeou o Tenente-General Joseph Keith Kellogg como o conselheiro de segurança nacional interino. Um novo ocupante do posto vai precisar passar por nova sabatina no Senado dos EUA.
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