quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Trump anuncia no Twitter construção de muro na fronteira com o México

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu ordenar nesta quarta-feira, 25, a construção de um muro na fronteira com o México, uma das principais promessas de campanha feita pelo republicano. A informação foi divulgada pelo empresário em sua conta no Twitter.
"Grande dia planejado sobre segurança nacional amanhã. Entre outras coisas, nós vamos construir o muro!", escreveu o presidente na rede social. Trump planeja assinar uma ordem executiva para direcionar recursos federais para a construção do muro em visita ao Departamento de Segurança Interna nesta quarta. Fontes da Casa Branca já confirmavam a informação durante a tarde da terça-feira, 24.

Para construir o muro, Trump poderá se apoiar numa lei de 2006 que autorizou a instalação de cercas ao longo da fronteira. Essa legislação levou à construção de cerca de 1.126 quilômetros de barreiras de diversos tipos, feitas para bloquear a passagem tanto de pessoas quanto de veículos.

O presidente americano argumenta que é vital controlar a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. Na mesma linha, Trump deve assinar também ordens executivas para restringir a entrada de refugiados no país. Ele deve banir a imigração da Síria e de outros seis países do Oriente Médio ou da África, de acordo com fontes da Casa Branca.
Além da Síria, a ordem de Trump deve restringir temporariamente o acesso aos EUA à maioria dos refugiados. Outra das medidas prevê o bloqueio de vistos emitidos para Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, disseram os funcionários sob condição de anonimato.
Durante a campanha, Trump prometeu proibir temporariamente os muçulmanos de entrar nos EUA para proteger os americanos de ataques jihadistas. Muitos partidários de Trump condenaram a decisão do ex-presidente Barack Obama de aumentar o número de refugiados sírios que os EUA aceitariam com medo de que entre os que fogem da guerra civil estivessem jihadistas que poderiam cometer atentados em território americano.

Estadão