O Brasil está na mira do mercado internacional de gastronomia, seja pelos produtos nativos, seja pelo talento de grandes chefs de cozinha que vêm mostrando lá fora a diversidade nacional. De 21 a 25 de janeiro, 14 pequenos produtores tiveram a oportunidade de mostrar seus trabalhos no Sirha Lyon, que, pela primeira vez, vai abrir espaço para os cafés, cachaças, bottarga, castanhas e cacau.
Selecionados pelo Sebrae, os pequenos negócios apresentaram seus produtos e prospectaram vendas e parcerias no mercado internacional. O Sirha é considerado um dos maiores eventos de gastronomia do mundo.
“A avaliação dos empresários foi muito positiva e os produtos foram muito bem aceitos por parte dos europeus. Os chefs de cozinha ficaram interessados pelas castanhas, chocolate e bottarga. O método de preparo do café coado despertou muita curiosidade nos franceses, assim como a descoberta de que as cachaças podem ser utilizadas para outros drinques, além da caipirinha”, comenta o gerente de Agronegócios do Sebrae, Augusto Togni. O objetivo da participação dos empresários no Sirha Lyon foi criar oportunidade para que eles conhecessem o perfil de consumidores europeus, o tipo de demanda e as especificidades do mercado local e para que prospectassem negócios com distribuidores.
Para a Caviar Brasil, de Itajaí (SC), a missão foi uma oportunidade única para apresentar a bottarga na Europa. As ovas de tainha prensadas, salgadas e desidratadas, ricas em ômega 3, cálcio, ferro e proteínas, são consumidas como aperitivo ou dão um toque a mais em pratos da alta gastronomia e já vêm conquistando o mercado americano há pelo menos um ano. “É um marco para a nossa empresa, tendo em vista que acabamos de obter a certificação necessária para vender nosso produto no mercado europeu. Fizemos bons contatos com potencial de sucesso. Sem o Sebrae, dificilmente conseguiríamos espaço em um evento tão importante”, afirma o empresário Bernardo Fuck.
Localizada na cidade catarinense de Pomerode, a Nugali foi outra empresa levada ao Sirha Lyon. O chocolate de alta qualidade da marca é elaborado com um blend de cacaus selecionados a partir de técnicas usadas pelos mais tradicionais chocolatiers belgas e suíços. “Em 2016, fizemos nossa primeira exportação para a França e agora consolidamos aqui a nossa participação. A Europa tem um mercado muito exigente e aceitou muito bem nosso produto”, diz a empresária Luana Lemke, que está voltando da França com boas perspectivas para exportar.
O stand do Sebrae, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), também apresentou cafés com indicação geográfica do Norte Pioneiro do Paraná (PR), de Alta Mogiana (SP), do cerrado mineiro e da Mantiqueira, em Minas (MG); castanhas do Acre e de Sergipe; cachaças do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro; e cacau do Espírito Santo.
Agência Sebrae de Notícias