segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Oito mais ricos do mundo têm o mesmo dinheiro de 3,6 bilhões de pobres


Apenas oito bilionários (e o Tio Patinhas não faz parte desta lista, o blog ressalta) detinham a mesma riqueza da metade mais pobre da população mundial em 2016, formada por 3,6 bilhões de pessoas, aponta novo relatório da ONG Oxfam. Em 2015, o número era de nove bilionários. Os cálculos levam em consideração os números do banco suíço Credit Suisse — que calcula a riqueza dos mais pobres — e a lista de milionários da revista Forbes.

Os oito homens mais ricos do mundo, segundo a Forbes, são o fundador da Microsoft, Bill Gates, o presidente da Inditex, dona da Zara, Amancio Ortega, o investidor Warren Buffett, o empresário mexicano Carlos Slim, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, o diretor-executivo da Oracle, Larry Ellison, e o empresário e político americano, Michael Bloomberg.

Juntos, os oito bilionários têm US$ 426 bilhões. Já a riqueza da metade mais pobre da população mundial é de US$ 409 bilhões.

— É obsceno o nível de concentração de riqueza no mundo. Com a inclusão de novos dados na base do Credit Suisse de países como China e Índia, o que se observou foi que os pobres são mais pobres do que se imaginava anteriormente. E o alarmante é que não se vê tendência de melhora, mas sim de aumento da concentração — afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam no Brasil.

Dados mais completos para China e Índia, com ampla população mais pobre, segundo Katia, trouxeram mudanças para o levantamento da Oxfam. Antes, era de 62 o número de milionários cuja riqueza correspondia àquela da metade mais pobre da população mundial em 2015. Com a revisão dos dados, são nove bilionários.

O documento “Uma economia humana para os 99%” faz referência logo no título ao fato de que 1% da população mundial detêm a mesma riqueza do restante. O estudo completo será apresentado no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. O relatório defende aliança entre líderes mundiais e grandes empresas para reduzir a desigualdade.

Com informações do jornal O Globo