Um comando dos Estados Unidos morreu e três outros ficaram feridos ao realizar uma operação mortífera contra a Al Qaeda no sul do Iêmen na madrugada de domingo, a primeira operação militar dos EUA autorizada pelo presidente Donald Trump.
Os militares norte-americanos disseram ter matado 14 militantes durante um ataque a uma ala poderosa da Al Qaeda que tem sido alvo frequente de ataques de drones (aeronaves não-tripuladas) dos EUA. Médicos no local, porém, disseram que cerca de 30 pessoas, incluindo 10 mulheres e crianças, foram mortas.
Outros dois efetivos norte-americanos ficaram machucados quando uma aeronave militar dos EUA foi enviada para retirar os comandos feridos, mas foi alvejada e teve que ser "intencionalmente destruída no local", informou o Pentágono.
O novo presidente dos Estados Unidos classificou a operação como um sucesso e disse que a inteligência obtida no seu decorrer irá ajudar seu país a combater o terrorismo.
"Os norte-americanos estão entristecidos com a notícia de que a vida de um membro heróico da corporação foi perdida em nossa luta contra o mal do terrorismo radical islâmico", disse Trump em um comunicado.
A batalha no distrito rural de Yakla, na província de Al-Bayda, matou um líder veterano da facção da Al Qaeda no Iêmen, Abdulraoof al-Dhahab, além de outros militantes, disse a própria Al Qaeda.
Anwar al-Awlaki, filha de oito anos do pregador iemenita nascido nos EUA e ideólogo da Al Qaeda Anwar al-Awlaki, estava entre as crianças vitimadas pelo ataque, de acordo com seu avô.
Seu pai morreu em um ataque de drone dos EUA em 2011.
"Ela foi atingida por uma bala no pescoço e sofreu durante duas horas", relatou Nasser al-Awlaki à Reuters. "Por que matar crianças? Esse é o novo governo (dos EUA) é muito triste, um grande crime."
Em um comunicado, o Pentágono não se referiu a nenhuma baixa civil, embora um militar do país, falando sob condição de anonimato, tenha dito que isso não pode ser descartado.
O objetivo da operação era coletar informações sobre a Al Qaeda na Península Arábica, que é vista como uma das alas mais perigosas do grupo militante global, afirmou o militar.
Agência Reuters