A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última segunda-feira (16) o primeiro registro de um medicamento à base de cannabis sativa, a maconha. Para o ex-ministro do governo Lula e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) Paulo Vannuchi, o Brasil segue uma tendência mundial positiva.
O Mevatyl, produto aprovado pela Anvisa, é indicado para o tratamento de adultos que tenham espasmos relacionados à esclerose múltipla. O medicamento é aprovado em 28 países, como Canadá, Dinamarca, Estados Unidos e Alemanha.
Segundo o ex-ministro, a questão das drogas, no Brasil, necessita ser debatida para abrir novos paradigmas. “Por que recusar os avanços da própria ciência em nome de preconceitos?”, questiona, em seu comentário na Rádio Brasil Atual, nesta quarta-feira (18).
Para ele, a solução para o problema das drogas não é a proibição e a criminalização, já que o tema é relacionado à saúde e liberdade do indivíduo. “A saída é a legalização? Não sei. A conclusão tem que ser feita após um longo debate, mas com certeza a saída é a descriminalização. Não se pode jogar pessoas no presídio, para virarem soldados do crime, por causa do uso de drogas. A política do proibicionismo é ineficiente, negativa e corruptora”, conclui Vannuchi.
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