sábado, 10 de setembro de 2016

Campanha contra infecção em UTI

O Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, mais uma vez se integra à campanha da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) em torno do Dia Mundial da Sepse, que será lembrado nesta terça-feira, dia 13 de setembro. 

A data foi escolhida para conscientizar sobre a enfermidade, popularmente conhecida como “infecção generalizada”, responsável pela ocupação de 25% dos leitos de UTIs no Brasil, segundo um estudo realizado em 2014. O índice de mortalidade chega a 54,5% dos pacientes. 

 A ação sobre o Dia Mundial da Sepse é parte da campanha permanente sobre prevenção das infecções em UTIs promovida pela AMIB. No HMA, a divulgação será feita durante todo o dia ​ 13,​ entre médicos, profissionais de enfermagem, intensivistas e visitantes​,​ com a distribuição de panfletos com orientações de como proceder dentro das UTIs, no contato com o paciente. 

A preocupação tem por base dados de notificações do governo federal, que apontam que 45% dos pacientes internados em UTIs desenvolvem processos infecciosos, sendo que quase metade dessas pessoas adquiriu a infecção dentro da Unidade de Terapia Intensiva. Segundo orientações do médico Noel Loureiro, coordenador das UTIs do Hospital Miguel Arraes, é importante estar atento a 7 pontos para prevenir a sepse: higienização das mãos, uso racional de antimicrobianos, uso adequado das precauções de contato, rastreio e medidas de isolamento dos casos, vigilância epidemiológica, limpeza do ambiente, e educação continuada dos profissionais de saúde. 

A higiene das mãos, no entanto, é a medida mais importante para prevenir as infecções associadas aos cuidados de saúde, que afetam milhares de pacientes em todo o mundo. “Na UTI, essas infecções contribuem para prolongar a permanência dos pacientes dentro do hospital e aumentar o risco de morte”, afirma dr. Noel. 

DEFINIÇÕES 

Este ano, a AMIB reforça o tema com a divulgação dos dados do estudo “Sepse 3.0 – Terceiro Consenso Internacional sobre Sepse e Choque Séptico”, uma pesquisa realizada por especialistas americanos e europeus que promoveu uma atualização para as definições sobre sepse e choque séptico, visando um consenso no tratamento dos pacientes acometidos por essas intercorrências. De acordo com a nova abordagem, a sepse é uma disfunção de órgãos com risco de vida, provocada por uma infecção. Já o choque séptico é definido como o subconjunto de casos de sepse, com maior risco de mortalidade, e que está relacionado a profundas alterações circulatórias, celulares e metabólicas.​ © 2016 Microsoft Termos Privacidade e cookies Desenvolvedores Português (Brasil).

Com informações da jornalista Iana Gouveia