Um tribunal da Turquia ordenou esta terça-feira o encerramento temporário do jornal pró-curdo Ozgur Gundem, acusado de difundir propaganda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, em conflito com o Estado turco, noticiou a agência estatal Anadolu.
Segundo o tribunal, o jornal "atuou como meio de comunicação 'de facto'" do PKK, considerado um grupo terrorista pelas autoridades.
Um responsável judicial confirmou a decisão à agência France-Presse, mas afirmou que não está relacionada com o estado de emergência declarado no país após a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho.
"Os arguidos podem recorrer da decisão", disse, pedindo anonimato.
Lançado em 1992, o diário Ozgur Gundem foi várias vezes no passado alvo de ordens judiciais de encerramento e alguns dos seus jornalistas foram detidos. O jornal esteve fechado entre 1994 e 2011, quando voltou a ser publicado.
O jornal, com uma tiragem inferior a 7.000, tem nomeadamente publicado artigos do líder do PKK, Abdullah Ocalan, na prisão desde 1999.
Desde o golpe falhado, as autoridades ordenaram o encerramento de 130 meios de comunicação ao abrigo do estado de emergência.
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