segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Preso suspeito de atacar mulheres com seringas

A polícia de São Paulo quer ouvir esta semana mulheres que teriam sido atacadas por um homem com seringa na região da Avenida Paulista. Um suspeito de atacar mulheres jovens com uma seringa na região Central e Oeste de São Paulo foi preso no sábado (30). A polícia vai ouvir vítimas para fazer o reconhecimento do suspeito, que está no 77º Distrito Policial.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a Justiça aceitou pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária do homem que já havia sido detido e liberado na semana passada mas que, desta vez, tinha uma seringa no bolso.
Na última terça-feira (26), a polícia divulgou o retrato falado de um homem de porte médio, olhos e barba castanho escuro. Neste domingo, a SSP não confirmou, até a publicação desta reportagem, se o homem detido era o mesmo da imagem.
A estagiária Andressa Fernandes Oliveira foi uma dessas vítimas. O ataque foi dentro da estação Pinheiros, na Linha 4-Amarela do Metrô, bem perto das escadas rolantes. Andressa tinha acabado de sair do trabalho.
“Eu senti uma picada no meu ombro. Na hora eu senti assim, mas achei que não era nada. Parei para ver se tinha um objeto. Não desconfiei de nada. Assim que cheguei na minha residência, o meu esposo viu uma manchinha de sangue bem onde foi a picada. Foi ai que minhas irmãs ouvindo a história que contei falaram que já tinham visto alguns caso na internet e me recomendaram a ir no hospital.”, relata.
Preocupada, Andressa foi ao Hospital Emilio Ribas, especializado em doenças contagiosas.
“A moça da triagem me informou que naquela semana eles tinham atendido 20 pessoas que tinham sido picadas pela seringa, e disse que eu tive sorte, porque uma moça tinha chegado e o moço tinha rasgado a perna inteirinha dela com a seringa", disse. O hospital informou que não pode afirmar quantos casos atendeu desse tipo.
Andressa está tomando três medicamentos há duas semanas. É o coquetel que impede que o vírus da Aids se instale nas células caso tenha entrado no corpo, além de proteger contra outras doenças como hepatite B, hepatite C, sífilis e doença de Chagas. A vítima diz que passou mal com os remédios. “Vomitei bastante, eu tive que ficar afastada do trabalho por uma semana.”
O infectologista Ivan Marinho diz que a roupa protege relativamente da picada. "É muito maior o risco quando a seringa vai na pele ou na veia de uma pessoa."
O Metrô disse que não teve nenhum caso registrado na Linha 4-Amarela.
Vítima precisou tomar coquetel de remédios contra o vírus da Aids e outras doenças (Foto: TV Globo/Reprodução)Vítima precisou tomar coquetel de remédios contra o vírus da Aids e outras doenças (Foto: TV Globo/Reprodução)

Secretaria de Segurança Pública divulgou retrato falado do suspeito de atacar mulheres com seringa (Foto: TV Globo/Reprodução)Secretaria de Segurança Pública divulgou retrato falado do suspeito de atacar mulheres com seringa (Foto: TV Globo/Reprodução)



A polícia de São Paulo quer ouvir esta semana mulheres que teriam sido atacadas por um homem com seringa na região da Avenida Paulista. Um suspeito de atacar mulheres jovens com uma seringa na região Central e Oeste de 
São Paulo foi preso no sábado (30). A polícia vai ouvir vítimas para fazer o reconhecimento do suspeito, que está no 77º Distrito Policial.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a Justiça aceitou pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária do homem que já havia sido detido e liberado na semana passada mas que, desta vez, tinha uma seringa no bolso.
Na última terça-feira (26), a polícia divulgou o retrato falado de um homem de porte médio, olhos e barba castanho escuro. Neste domingo, a SSP não confirmou, até a publicação desta reportagem, se o homem detido era o mesmo da imagem.
A estagiária Andressa Fernandes Oliveira foi uma dessas vítimas. O ataque foi dentro da estação Pinheiros, na Linha 4-Amarela do Metrô, bem perto das escadas rolantes. Andressa tinha acabado de sair do trabalho.
“Eu senti uma picada no meu ombro. Na hora eu senti assim, mas achei que não era nada. Parei para ver se tinha um objeto. Não desconfiei de nada. Assim que cheguei na minha residência, o meu esposo viu uma manchinha de sangue bem onde foi a picada. Foi ai que minhas irmãs ouvindo a história que contei falaram que já tinham visto alguns caso na internet e me recomendaram a ir no hospital.”, relata.
Preocupada, Andressa foi ao Hospital Emilio Ribas, especializado em doenças contagiosas.
“A moça da triagem me informou que naquela semana eles tinham atendido 20 pessoas que tinham sido picadas pela seringa, e disse que eu tive sorte, porque uma moça tinha chegado e o moço tinha rasgado a perna inteirinha dela com a seringa", disse. O hospital informou que não pode afirmar quantos casos atendeu desse tipo.
Andressa está tomando três medicamentos há duas semanas. É o coquetel que impede que o vírus da Aids se instale nas células caso tenha entrado no corpo, além de proteger contra outras doenças como hepatite B, hepatite C, sífilis e doença de Chagas. A vítima diz que passou mal com os remédios. “Vomitei bastante, eu tive que ficar afastada do trabalho por uma semana.”
O infectologista Ivan Marinho diz que a roupa protege relativamente da picada. "É muito maior o risco quando a seringa vai na pele ou na veia de uma pessoa."
O Metrô disse que não teve nenhum caso registrado na Linha 4-Amarela.
As vítimas podem denunciar pelo Disque-Denúncia no telefone 181, com anonimato garantido.
Outra vítima
Em junho, um ataque parecido foi registrado na Avenida Paulista na esquina com a Rua Pamplona. A vítima foi uma médica peruana.
"A gente pensa que se trata de uma lenda urbana e quando acontece, a gente fica abalada, assustada por essa ação maldosa". Essa foi a maneira que uma médica peruana encontrou para definir o sentimento vivido por ela após ser atacada por um homem, que espetou a agulha de uma seringa em suas costas, na quarta-feira (22), perto da esquina das avenidas Pamplona e Paulista, região central de São Paulo.
Ela disse que só percebeu que tinha sido ferida por uma agulhada ao ver o agressor espetar o corpo de uma outra mulher na mesma calçada, instantes depois de espetá-la.
"De repente, eu senti uma pressão nas costas, como se fosse a ponta de uma caneta. Virei e pensei que seria algum conhecido me chamando a atenção, brincando. Foi quando vi passando por mim um homem alto, magro, moreno, 40 anos, de moletom verde com listras brancas. Não consegui ver nada nas mãos dele. Achava que ele tinha simplesmente me furado com uma caneta. Ele continuou andando até a esquina da Pamplona com a Paulista e aí eu vi ele tirar uma seringa da manga e furar outra moça."
Portal G1