Um tunisiano suspeito de dirigir uma rede de tráfico de migrantes e de estar vinculado ao extremismo islâmico foi detido nesta sexta-feira (5) na região de Nápoles (sul), anunciou o grupo de operações especiais (ROS) dos carabineiros italianos.
O caso, no qual oito pessoas foram detidas, entre elas o suposto chefe, envolve uma organização que fornecia falsos contratos de trabalho a migrantes ilegais da África do Norte em fábricas de tecidos na região, o que lhes permitia obter vistos de residência, informaram os investigadores.
Segundo os carabineiros, o suposto responsável da organização, um tunisiano de 41 anos, se radicalizou nos últimos doze meses. O suspeito havia elogiado nas redes sociais os ataques terroristas de Paris. As autoridades temem que a Itália seja palco de atos de “lobos solitários”, como os que tem sido praticados na França, Bélgica e Reino Unido.
Expulsão - A operação dos ROS coincide com a multiplicação das expulsões de estrangeiros suspeitos de radicalização nas últimas semanas na Itália, como Aftab Faook, jovem paquistanês que já chegou a ser capitão da equipe italiana de críquete de até 19 anos.
"A intensa atividade de prevenção para reduzir ao máximo possível o nível de risco na Itália continua", afirmou na quinta-feira (4) o ministro do Interior, Angelino Alfano.
O jornal La Stampa informa que o governo de centro-esquerda está estudando a formação de uma comissão de especialistas para a formulação de propostas de combate à radicalização da população muçulmana no país, com diretivas para a identificação de potenciais suspeitos e parâmetros para monitorar mesquitas, locais de trabalho e escolas sujeitas à infiltração de elementos extremistas.
RFI Brasil