Entre os produtores ligados ao Movimento Sem Terra (MST) que participam do 1º Festival Nacional de Arte e Cultura da Reforma Agrária, em Belo Horizonte, um se destaca pela beleza.
Felipe Ristow, de 23 anos, é este da foto acima. Ele é tímido e já vai logo dizendo: "não sou fotogênico". Mas, atrai visitantes com seu arroz orgânico, erva-mate e embutidos.
Nascido no assentamento de Nova Santa Rita, a 35 km de Porto Alegre, o produtor é filho de pioneiros do movimento, que participaram da ocupação da fazenda Anonni, no interior gaúcho, a primeira do movimento, ocorrida há 30 anos.
Segundo de três filhos, todos nascidos em Nova Santa Rita, Felipe é estudante de Engenharia Mecânica.
"Hoje, trabalhar como agricultor é complicado, porque há uma defasagem rural muito alta da juventude, e não tem políticas públicas para manter o jovem no campo", diz.
Segundo ele, as propostas de reforma previdenciária do governo Temer, ao qual se opõe, tendem a piorar ainda mais a situação. "Do jeito que estão propondo, o trabalhador rural só vai se aposentar com 70 anos", critica.
O 1º Festival Nacional de Arte e Cultura da Reforma Agrária acontece até este domingo (24), na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte.
O Tempo (MG)