Os produtores de batata doce do município de Correntes, localizado no agreste meridional, vão contar com uma Unidade Demonstrativa, que reunirá um sistema produtivo desenvolvido pelos extensionistas do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. Nessa primeira etapa, o solo da área de cultivo, que totaliza um hectare e meio, está em fase de preparação para plantio.
De acordo com Almir Dias, pesquisador da área de melhoramento genético de raízes e tubérculos do IPA, o baixo nível tecnológico, sem adubação e espaçamentos definidos, baixa produtividade (12 toneladas por hectare) e baixo controle de pragas e doenças são os principais entraves para o desenvolvimento da cultura.
“Para ajustar a produtividade para 25 toneladas por hectare, vamos utilizar tecnologias inovadoras para melhoramento do manejo, controle de pragas e doenças (limpeza clonal), além de introduzir quatro novas variedades e formas de adubação”, explica o presidente do IPA, Gabriel Maciel. Segundo ele, as perdas, devido às doenças, ficam entre 25% e 30% da produção.
A batata doce é a principal atividade agrícola de Correntes, cujos 17,5% do PIB vêm da agropecuária. Com uma área média de 467,5 hectares, produtividade aproximada de 8,6 toneladas por hectare e valor bruto de produção de cerca de R$ 2,8 milhões.
Instituto Agronômico de Pernambuco