Desde a sua estreia, sob a benção jobiniana, num disco compacto que tinha "Agnus sei" de um lado e "Águas de março" de outro, João Bosco está completando 40 anos de carreira este ano. Como no poema de Drummond, pode-se dizer que ele atinge a marca na seguinte situação: "Quarenta anos e nenhum problema resolvido". Mas muitos problemas colocados com originalidade e maestria. De volta ao Recife na próxima semana, o artista realiza duas noites de shows intimistas no palco do Manhattan Café Theatro, na sexta (25) e sábado (26), a partir das 21h. A abertura da casa fica a cargo dos Garçons Cantores.
João Bosco estará acompanhado somente do violão e fará uma reflexão e recorrência aos seus 40 anos de carreira “Realizar uma apresentação solo traz a liberdade de mesclar o repertório de acordo com a reação do público”, afirma ele. Ainda, segundo o cantor, os sambas da década de 70, os sucessos românticos dos anos 80/90, como “Memória da Pele”, “Desenho de Giz” e “Papel Machê” são algumas das canções que estarão no setlist, além da parceria em músicas com Aldir Blanc e releituras de grandes artistas brasileiros.
João Bosco, filho de pai libanês, começou a tocar violão aos doze anos, incentivado pela família que era repleta de músicos. O artista estudou Engenharia Civil na Escola de Minas, em Ouro Preto, Minas Gerais, e ao mesmo tempo, dedicava-se à carreira musical, influenciado por gêneros como jazz e bossa nova e pelo tropicalismo. Em 1967, ao lado de Vinicius de Moraes, compôs algumas de suas primeiras canções, como a “Rosa dos Ventos”. Em 1970, conheceu Aldir Blanc, seu parceiro mais frequente, e compôs mais uma centena de músicas. A primeira gravação de João Bosco foi no disco de bolso do jornal O Pasquim: Agnus Sei (1972). No ano seguinte, selou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco que levava apenas o seu nome.
O ingresso individual custa, para cada dia, a partir de R$ 120. O Manhattan fica na Rua Francisco da Cunha, 881 - Boa Viagem, Recife - PE. Mais informações pelo fone (81) 3325 – 3372.