Depois de muita polêmica em torno da homenagem da Prefeitura do Recife ao ex-governador Eduardo Campos, colocando o nome do líder socialista no Hospital da Mulher, a base do prefeito Geraldo Julio (PSB) decidiu recuar, mesmo assumindo o ônus da troca. A unidade, agora, deverá receber o nome da médica Maria das Mercês Cunha.
Desde que o projeto, de autoria do líder de Governo na Câmara do Recife, Gilberto Alves (PTN), começou a tramitar na Casa José Mariano, as redes sociais foram inundadas de críticas à proposição. A maioria questionava o motivo de a unidade receber o nome de um homem e não de uma mulher.
Além do projeto de Alves, tramitavam na Câmara outras três propostas para dar nome ao mesmo hospital: da médica e exmilitante do Partido Comunista Brasileiro Naíde Teodósio (1915-2005); da viúva do escritor Renato Carneiro Campos, Pompéia Carneiro Campos (1932-2012); e da ex-deputada federal Cristina Tavares (1934-1992).
No entanto, optou-se pelo nome de Maria das Mercês Cunha, uma médica que se dedicou à Prevenção do Câncer Ginecológico. Alagoana de nascimento, ele se formou pela UFPE em 1954, e de imediato passou a exercer a profissão na área de Saúde Pública pela Secretaria de Saúde de Pernambuco. Ela faleceu em fevereiro de 2000.
O Hospital da Mulher do Recife é fruto de um investimento de R$ 56,8 milhões, dos quais R$ 48,8 milhões são oriundos de convênio com o Governo Federal. No início deste mês, o senador Humberto Costa fez uma visita à unidade de saúde em companhia do prefeito Geraldo Julio e, na ocasião, anunciou o aporte de R$ 20 milhões do Governo Federal.
Márcio Didier - Blog da Folha