Cerca de 300 pessoas, entre moradores da Vila São Miguel, na Zona Oeste do Recife, e de um terreno no município do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, realizaram um protesto nesta quarta-feira (4). Eles reivindicam a posse das áreas onde moram, que são da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e da Advocacia-Geral da União (AGU).
De acordo com Giancarlo Costa, coordenador do Movimento de Luta e Resistência Pelo Teto (MLRT), que está orientando os manifestantes, eles foram à Advocacia-Geral da União (AGU), no bairro do Pina, Zona Sul da capital, porque o órgão é proprietário de um terreno ocupado por cerca de 300 famílias há três anos. “Eles moram onde ficava a fábrica Souza Luna. A Prefeitura do Recife tem a posse provisória do terreno”, explica Giancarlo, lembrando ainda que o local já conta com um projeto habitacional da Prefeitura, onde devem ser construídos 192 apartamentos e uma academia da cidade. “A gente quer que a União repasse o terreno para a Prefeitura”, conta.
Por meio de nota, a AGU informou que cinco representantes dos moradores foram recebidos, para tratar da regularização da área, administrada pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). No terreno, funcionava uma empresa de forma regular. No entanto, a autorização foi cancelada para que o terreno fosse cedido ao município e regularizado junto aos moradores.
Ainda de acordo com a AGU, uma questão trabalhista envolvendo a empresa atrapalha o processo. Segundo o órgão, "a atuação da AGU no caso converge para o atendimento do atendimento da demanda dos ocupantes e ocorrerá no sentido de remover esse obstáculo. Com isso, a cessão da área ao município poderá ser efetivada e regularização poderá avançar".
Em seguida, o grupo de moradores segue para a sede da Compesa, na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, região central do Recife. De acordo com Giancarlo, a Compesa é dona de um terreno no Cabo de Santo Agostinho onde vivem aproximadamente 170 famílias, há oito anos. Segundo ele, o órgão se comprometeu a oficializar a posse desses terrenos para os moradores, mas nada foi feito. “A gente quer conversar com o presidente da Compesa para resolver a questão”, aponta Giancarlo.
Portal G1