O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou nesta quarta-feira, após reunião com a presidente Dilma Rousseff que o governo federal vai adotar um programa para reduzir em 30% o consumo de água e energia. O governo desistiu da ideia de prorrogar o horário de verão, que termina no dia 22.
A portaria com a previsão de reduzir o consumo, segundo Braga, será assinada ainda hoje pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. O governo vai lançar ainda um guia de eficiência energética para servir de exemplo para todos os consumidores do País.
— É um grande movimento que daremos curso daqui a duas semanas num grande lançamento aqui no MME que começa hoje por uma decisão racional nos prédios públicos federais, pelo MP, que é o uso inteligente dos nossos recursos de energia e de água.
O governo desistiu de prorrogar o horário de verão tendo em vista o seu pequeno impacto na redução do consumo e até por promover um aumento da demanda no período da manhã, uma vez que, a partir do fim do verão, começa a amanhecer mais tarde.
GUIA DE EFICIÊNCIA
Segundo Braga, o MME vai lançar um guia de eficiência energética elaborado com a Eletrobras, que será apresentado em uma versão de cartilha de fácil compreensão para ser conhecido pela população em geral.
— Nós vamos abrir o guia não apenas para prédios públicos federais, mas para todo e qualquer cidadão que quiser fazer a adesão a um guia que foi desenvolvido por técnicos e que já está testado para ter uma economia de 30% no uso da energia e de reúso de água.
O governo também decidiu estimular a partir de março o uso de geradores de energia elétrica já instalados em empresas durante a tarde, quando vem ocorrendo os picos de demanda. Segundo ele, não haverá subsídios ou pressão de aumento nas contas por conta dessa medida, uma vez que a energia gerada por essas instalações estaria mais barata do que o valor corrente.
— Buscaremos produzir algo como 3 mil Megawatts na ponta de carga, portanto, algo como 300 MW médios ao longo do mês, o que efetivamente nos ajuda nesse esforço sem nenhum impacto adicional na tarifa.
Jornal O Globo